quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Concentração

Hoje tenho que usar todo meu poder de concentração para não pensar nas pessoas queridas - e desconhecidas - que me mandam mensagens de fim de ano; não me ligar em tantas coisas boas que poderão acontecer comigo a partir do dia 1º de janeiro; não ficar pensando em tudo de bom - e de não tão bom - que me aconteceu em 2009; e principalmente não pensar que minha filha caçula viaja à noite para Ribeirão Preto (segunda fase do vestibular da Unesp) e que a gente só vai se rever na véspera do Réveillon.
Ainda tenho uns textos para escrever e rever e preciso manter meu pensamento voltado para o agronegócio que paga minhas contas e mantém minha família alimentada.
Há alguns dias falei de uma menina (de 14/15 anos no máximo) que fez um discurso lindo como oradora na formatura de sua turma (8ª série - fim do 1º Grau). Hoje quero falar de outra grata surpresa: ontem, no Chorinho, conheci uma menina de 15 anos que canta samba lindamente, toca tamborim e é super simpática. Não sei detalhes, mas parece que é neta e filha de gente que gosta de samba, mas conversando com sua mãe descobri que a menina (Ana Rafaela) canta no Praticutucar - um trabalho com crianças maravilhoso da Rejane De Musis - e tem aulas de violão com Pio Toledo - um velho conhecido de Corumbá, que hoje mora e trabalha com música em Cuiabá.
Fiquei feliz. A gente se liga muito nos jovens sem limites e esperanças, mas às vezes não percebe quantos meninos e meninas bacanas estão surgindo por aí, que apreciam música de raiz, literatura de qualidade, que têm informações para decidir o que querem. Nesse sentido, é muito importante o trabalho de pessoas como Rejane e Pio.
Modestamente também dei minha pequena contribuição - e quero continuar dando - quando estive professora em Cáceres e Cuiabá. Volta e meia reencontro ex-alunos pela noite (ontem mesmo encontrei uma ex-aluna da Unic) e, em geral, sinto que de alguma maneira transmiti algo de bom para eles.
Entre as mensagens de Natal que recebi a que mais gostei foi a da fábula dos dois cavalos, enviada por minha sobrinha, Bel. Um era cego e mais velho, e o outro enxergava e tinha um sino. Por sabedoria do dono, ambos permaneciam juntos e se ajudavam. Na maior parte do tempo, o cavalo cego se guiava pelo sino do mais jovem, que aprendia com a experiência do mais velho.
A vida é assim, nem sempre idade é sinônimo de sabedoria e a gente está sempre aprendendo , com bichos, bebês, crianças e até com gente mais velha. O importante é estar sempre aberto ao conhecimento e a novas amizades.

2 comentários:

Rejane De Musis disse...

Poxa, Martha, obrigada pelo carinho... A Ana Rafaela é realmente uma garota muito especial e super musical, fico muito feliz em tê-la comigo no Praticutucá. Beijo grande "procê" e espero vê-la em breve, sempre em momentos especiais!

Martha disse...

Fico contente por constatar que você continua lendo o meu blog.
Um ótimo final de ano pra você e sua bela família.
A gente se vê em 2010 sim em muitos momentos especiais ...
Beijos