segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O amanhã

Fui escovar dentes e, nesse meio tempo, o tema do meu post de hoje mudou completamente. Estive conversando com uma moça que trabalha no Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária), na Famato, e descobri que ela veio de São Paulo para morar em Cuiabá. É interessante como a gente conhece tão pouco as pessoas que trabalham na sala ao lado.
Perguntei a ela se se adaptou fácil a Cuiabá e a resposta foi afirmativa. Esse papo, o fato de minhas filhas estarem querendo ir estudar fora daqui e até meu próprio futuro me fazem pensar sobre essa capacidade - e desejo de migração - das pessoas. Tem gente que parece que tem bicho carpinteiro e não consegue se estabelecer em lugar algum; tem gente que parece ter nascido com o pé amarrado na cama e não consegue se afastar do seu rincão natal.
Eu me situo no meio termo. Tenho preguiça de me mudar, tenho medo de não me adaptar e sou apegada à família e a amigos, mas adoro novidade e tem um lado meu que sente a maior atração pela mudança: de ares, de trabalho, de cidade, até de estado. Nasci em Corumbá (MS), cresci no Rio de Janeiro, me mudei para Cáceres (MT) - uma cidade muito parecida com a minha Corumbá, onde vivi apenas dois anos - e depois para Cuiabá.

"O que será o amanhã?
Como vai ser o meu destino?" (samba enredo da escola de samba União da Ilha, em 1979)

Tem horas que sinto uma vontade imensa de voltar pro litoral, em outros momentos sinto-me definitivamente atraída por esse Mato Grosso - ainda selvagem, inexplorado e cheio de oportunidades.

"Como será o amanhã?
Responda quem puder"

Eu, por enquanto, não sei.

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