Com o início de dezembro e a saída de férias a partir desta quinta-feira de três companheiros da revista Produtor Rural, estou me sentido em ritmo de férias. Mas preciso botar a cabeça no lugar (só terei férias a partir do dia 21 e ainda tenho muito o que fazer), mesmo que esta semana tenha começado com almoço de confraternização do Sebrae-MT e à noite também tenha sido de "festa" graças à posse da diretoria da Aprosoja-MT (Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso). Na quinta-feira vai ter café da manhã para a imprensa na Famato e na sexta confraternização o dia inteiro para os funcionários da Famato (para quem não sabe a revista Produtor Rural é da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso - Famato).
Enfim, fica difícil não ganhar uns quilinhos a mais neste mês de dezembro ...
É um mês estranho: cheio de expectativas por causa do Natal, Ano Novo, e de pressão consumista por conta das festividades de fim de ano. Tempo de confraternizações, de balanços, de mensagens repetitivas com todo aquele blá-blá-blá característico da passagem de ano e em que os contrastes entre a sociedade estabelecida e os que estão simplesmente à margem ficam mais exarcebados.
Digo isso porque todo dia, no caminho de casa pro trabalho, passo de carro por um grupo de moradores de rua (um deles de cadeira de rodas) que se reúne num ponto qualquer da calçada. Penso nessas pessoas com preocupação: qual é a chance de saírem dessa vida? Será que querem realmente sair?
Também hoje passei por uma praça central do bairro Goiabeiras em Cuiabá. Guardadas as devidas proporções, ela me lembra a Praça General Osório em Ipanema. Vi várias pessoas daquele tipo que é um misto de flanelinha, bébado, morador de rua.
Ah, ontem, ao dar carona para uma colega do jornal Folha do Estado, passei por uma rua onde ela disse que se reúnem usuários de crack. Enfim, qualquer semelhança de Cuiabá com cidades como Rio de Janeiro e São Paulo não é mera coincidência.
Pensei na fartura de comida no almoço e no jantar aos quais fui ontem, no escândalo do último mensalão de Brasília, e senti um aperto no coração: o fosso social é cada vez maior e tenho minhas dúvidas se a sociedade se toca que enquanto não houver políticas públicas mais consistentes e duradouras, teremos cada vez mais gente à margem, drogada, disputando migalhas para sobreviver.
Enquanto isso, chovem reclamações sobre a violência urbana, sobra medo e a paranóia só cresce, ampliando ainda mais esse fosso entre as pessoas que, de uma forma ou de outra, vivem atrás de grades.
Enfim, fica difícil não ganhar uns quilinhos a mais neste mês de dezembro ...
É um mês estranho: cheio de expectativas por causa do Natal, Ano Novo, e de pressão consumista por conta das festividades de fim de ano. Tempo de confraternizações, de balanços, de mensagens repetitivas com todo aquele blá-blá-blá característico da passagem de ano e em que os contrastes entre a sociedade estabelecida e os que estão simplesmente à margem ficam mais exarcebados.
Digo isso porque todo dia, no caminho de casa pro trabalho, passo de carro por um grupo de moradores de rua (um deles de cadeira de rodas) que se reúne num ponto qualquer da calçada. Penso nessas pessoas com preocupação: qual é a chance de saírem dessa vida? Será que querem realmente sair?
Também hoje passei por uma praça central do bairro Goiabeiras em Cuiabá. Guardadas as devidas proporções, ela me lembra a Praça General Osório em Ipanema. Vi várias pessoas daquele tipo que é um misto de flanelinha, bébado, morador de rua.
Ah, ontem, ao dar carona para uma colega do jornal Folha do Estado, passei por uma rua onde ela disse que se reúnem usuários de crack. Enfim, qualquer semelhança de Cuiabá com cidades como Rio de Janeiro e São Paulo não é mera coincidência.
Pensei na fartura de comida no almoço e no jantar aos quais fui ontem, no escândalo do último mensalão de Brasília, e senti um aperto no coração: o fosso social é cada vez maior e tenho minhas dúvidas se a sociedade se toca que enquanto não houver políticas públicas mais consistentes e duradouras, teremos cada vez mais gente à margem, drogada, disputando migalhas para sobreviver.
Enquanto isso, chovem reclamações sobre a violência urbana, sobra medo e a paranóia só cresce, ampliando ainda mais esse fosso entre as pessoas que, de uma forma ou de outra, vivem atrás de grades.
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