sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Água de beber

Preciso urgentemente de férias! Minha cabeça está a mil e não consigo sair de frente do computador para caminhar um pouco. É bem verdade que o tempo está chuvoso e pouco convidativo para uma caminhada.
Acabei de responder a uma entrevista por email. As respostas serão publicadas na versão em português do site www.agonia.net Gostei da experiência. É incrível como a gente descobre coisas sobre si mesma quando é entrevistada.
Ando me descobrindo nos últimos dias, ainda que timidamente. Há uma semana, no (re)lançamento do meu livro (Cantos de amor e seresta, ops, ato falho, o nome do livro é Cantos de amor e saudade) em Cáceres fiz uma fala de 14 minutos que minha filha Marina registrou em vídeo sem que eu pedisse. Foi muito gostoso me ouvir dois dias depois. Modéstia à parte, eu percebi uma vivacidade, uma emoção, uma alegria em mim que desconhecia.
No meio da semana, no evento de comemoração do Dia Nacional do Samba, no bar Choros & Serestas (o Chorinho), eu me descobri como cantora. Foi muito legal.
Hoje, ouvindo rádio em casa enquanto trabalhava, ouvi algumas músicas que adoro. Em uma delas, "Água de beber", o poeta Vinícius de Morais diz:
"Eu quis amar mas tive medo
E quis salvar meu coração
Mas o amor guarda um segredo
O medo pode matar o seu coração
...
Eu nunca fiz coisa mais certa
Entrei pra escola do perdão
A minha casa vive aberta
Eu abri todas as portas do meu coração"

É isso que eu quero. Ainda não consegui. Sei que "o medo pode matar o 'meu' coração" Estou fazendo tudo para abrir "todas as portas do meu coração", mesmo que isso me deixe apavorada.

PS. Sempre que menciono alguma música, costumo pesquisar a letra no Google para ver se eu não postei errado e não é que acabei de descobrir uma coisa incrível: "Água de beber" tem uma terceira estrofe que eu desconhecia, embora tenha cantando essa canção várias vezes num coral. Ela diz assim:
"Em sempre tive uma certeza
Que só me deu desilusão
É que o amor é uma tristeza
Muita mágoa demais para um coração"

Caramba! Vou ficar mesmo com as duas primeiras estrofes.

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