domingo, 13 de dezembro de 2009

Ritos de passagem

Ontem foi a formatura da minha filha caçula. Ela terminou o terceiro ano do ensino médio. Foi uma bela festa apesar de chuva torrencial que caiu sobre Cuiabá. Bons discursos, significativos, sobretudo o do professor de literatura, paraninfo de uma parte dos formandos, o professor Leão, que demonstrou na solenidade de colação de grau ter uma ótima sintonia com os alunos, mencionou grandes poetas como Manoel de Barros, citou versos conhecidos de canções da MPB e falou sobre a importância da família estar unida na busca da felicidade.
Uma menina, oradora da turma do 9º ano do ensino fundamental, filha de um casal de jornalistas de Cuiabá, foi a grande revelação da noite, com um discurso original, comovente e provocante. Brinquei com sua mãe na saída: "Será que ela vai querer ser jornalista?" Tomara, precisamos de jornalistas com textos tão criativos e que, ao mesmo tempo, tenham algo a dizer.
Depois da colação de grau, muita alegria, dança, bebidas (ah, como essa moçada bebe ...)
Para mim, tudo foi muito significativo. Esta semana, no Rio de Janeiro, teve um jantar comemorativo dos 35 anos da minha formatura de ensino médio, no Colégio Santo Inácio (CSI). Mais uma vez não pude participar, trocar figurinhas com os colegas cinquentões e brincar de se reconhecer depois de tantos anos sem se encontrar.
Como disseram todos ontem a formatura é mais uma etapa que se fecha na nossa vida. Agora, muitos desses jovens - no caso dos colegas da minha filha - vão fazer faculdade fora de Cuiabá e, talvez, se revejam apenas ocasionalmente, mas as amizades feitas quando temos 15, 16, 17 anos são tão bonitas e marcadas pelas descobertas e, sobretudo por sonhos em comum, pela possibilidade do se fazer que, na verdade, não acaba.
Por tudo isso - pelas lembranças, pela alegria e a emoção - , dedico hoje essa postagem a Marina, a formanda da vez, linda, cheia de vida aos 17 anos; a três amigas que marcaram especialmente a minha fase inaciana: Cristina, Mila e Cynthia. e alguns amigos, Augusto, Saboya, Albuca, Velho, Ventura, Rodolfo, Brandão, entre outros, que foram meus primeiros amigos, de verdade, do sexo masculino. Explico: nunca tive irmãos da minha idade, minha família sempre foi mais feminina do que masculina e até então eu estudava em colégios de freiras e só de meninas.
Os três anos que passei no Colégio Santo Inácio foram grandiosos!

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