Acabei de ler no jornal "Diário de Cuiabá", com pesar, que o grupo de um mega produtor rural de Mato Grosso, Orcival Guimarães, pediu recuperação judicial, aliás, um recurso que vem sendo adotado por várias empresas de peso do agronegócio.
Nesses seis anos que venho trabalhando como jornalista do setor, conheci algumas pessoas de quem gostei muito e uma delas foi o Orcival. É um cara franco, muito simples e, acredito, cheio de boas intenções. No início do ano passado, por causa de uma reportagem, passamos quase quatro dias juntos viajando por suas fazendas do médio norte e nortão mato-grossense. Em nenhum momento, eu me senti entediada ou constrangida de alguma forma. Era como se eu estivesse viajando com um amigo ou um parente legal.
Este ano, voltamos a nos encontrar por conta de uma reportagem sobre investimentos estrangeiros em Mato Grosso. Mais uma vez, Orcival me ajudou muito ao comentar abertamente o novo modelo introduzido por grandes grupos argentinos no estado em que o produtor passa a ser um prestador de serviços. Reli a matéria agora e lá estão todos os indícios de que seu grupo enfrentava uma forte crise.
Acho muito louco o modelo adotado no agronegócio do estado, que privilegia os grandes grupos e sufoca os médios produtores. Os pequenos vão se virando com o apoio do Pronaf, etc. Orcival chegou no topo e, nesse caso, o tombo é sempre maior. Imagino que não tenha sido fácil a decisão de expor publicamente suas dificuldades e torço para que recupere de fato o comando de seus negócios e continue a ser a ótima fonte de sempre.
3 comentários:
Esse Orcival é o Grupo Rondomaq?
Não, ele é diretor presidente do Grupo Guimarães, sediado em Lucas do Rio Verde.
Se você quiser mais detalhes sobre o assunto, vá ao site do jornal Diário de Cuiabá.
Att.
Martha
É mais a Rondomaq vai em um caminho semelhante...
Postar um comentário