terça-feira, 23 de junho de 2009

Por um fio

Como é de hábito escrevi mentalmente este post enquanto me arrumava para trabalhar. Não sei se vou conseguir repetir tudo que pensei, mas vou tentar.
Ontem, minha filha caçula me falou da tristeza de uma amiga, que conheço há muitos anos e adoro. Estresse causado pela expectativa do vestibular e escolha da profissão, desentendimentos com o namorado e os pais, enfim, problemas do cotidiano que estão deixando a adolescente de 17 anos à beira de um ataque de nervos.
Fiquei triste por ela e sem saber o que fazer. Sempre percebi nessa menina uma certa dificuldade no relacionamento com a mãe, que conheço superficialmente, mas que me parece uma pessoa muito bacana. Fiquei pensando como é frágil essa relação entre pessoas que se amam e que muitas vezes são do mesmo sangueemMuitas vezes, elas vão se afastando, criando um abismo difícil de transpor.
Ouso dizer que tenho conseguido me manter bastante próxima de minhas duas filhas, enfrentando de frente nossas tristezas, frustrações e dificuldades. Às vezes, eu me acho um pouco "chata" com a mais velha; em outras, eu me sinto "mole" demais, mas sempre procuro compensar essas dificuldades com um beijo, um toque de carinho, um sorriso.
Nem sempre é fácil ...
Às vezes, não sou tão feliz nos meus outros relacionamentos - com amigos, colegas de trabalho e pessoas do sexo oposto. A gente vai se afastando, se afastando e, de repente, já está tão longe da pessoa que fica difícil a reaproximação.
A vida me ensinou, entretanto, que os laços de amizade que valem a pena não se rompem jamais mesmo que pareçam por algum tempo irremediavelmente esgarçados.

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