quarta-feira, 24 de junho de 2009

Felicidade

"Estar feliz sem ter motivo é a mais autêntica forma de felicidade". A frase, atribuída ao poeta Carlos Drummond de Andrade, me motivou a escrever esse post e me tirou momentaneamente do mau humor causado pelo velho problema da vista.
Por incrível que pareça, encontrei a frase inspiradora no site Beefpoint, cuja newsletter recebo diariamente por força do ofício. É um site bacana para quem trabalha com agronegócio.
Achei interessante porque ontem comentei com uma amiga no ensaio do coro Cantorum que eu estava feliz por causa de uma "coisa pequena", meio que justificando minha felicidade. Na sua sapiência, ela disse que as coisas pequenas é que nos traziam felicidade.
Pois bem, fiquei muito contente de saber que meu blog tem sido lido por pessoas ligadas ao meio musical de Cuiabá. Ontem, por exemplo, recebi um email de um músico - não sei se ele gostaria que eu dissesse seu nome - me convidando para o show de sua banda e solicitando um feedback sobre o grupo. Adorei!
Tenho que confessar para vocês uma coisa: no fundo, no fundo, meu sonho sempre foi trabalhar no Caderno B do Jornal do Brasil, que reunia na época em que comecei no jornalismo os jornalistas mais charmosos do país, como Tarik de Souza, Norma Couri e Zuenir Ventura, só para citar alguns.
Quando eu estava quase mudando para Mato Grosso, fui convidado pelo ex-editor do Caderno B, Humberto Vasconcelos, que estava editando o Segundo Caderno de O Globo, para trabalhar com ele. Por incrível que pareça, optei pela Editoria Nacional do JB, embora o salário do Globo fosse praticamente o mesmo ou um pouco maior. A paixão pelo JB falou mais alto e troquei a sucursal de Veja no Rio por uma terceira e última passagem pelo edifício da Avenida Brasil, 500. Bons tempos! É claro que nem tudo era maravilhoso - muito pelo contrário - mas a passagem do tempo tem esse dom de nos fazer conservar mais as boas lembranças (quase sempre). No caso do JB, isso quer dizer "mística", "pessoas muito bacanas" e "profissionais fantásticos".

PS. Eu me esquecid de dizer que meu sonho mesmo era trabalhar na revista "Realidade", que não existia mais na época em que estreei no jornalismo.

2 comentários:

Terezinha Costa disse...

Pois é, Martha, temos uns bons anos de diferença, mas as influ~encias foram muito parecidas, Adolescente, também quis ser jornalista por causa da Realidade - de uma jornalista italiana, a Orianna Fallacci, que eu achava o máximo. Quando de fato comecei no jornalismo, a Realidade não existia mais. E a essa altura eu queria mesmo era ser crítica de cinema do Caderno B. Mas o que pintou foi um estágio na Editoria de Economia. Eram os tempos do "milagre econômico" do Delfim Neto. Deixei a vida me levar nesse rumo e não me arrependi.
Maisz tarde, troquei o JB pela Veja, voltei pro JB e recusei um convite para ser subeditora de Economia do Globo. A tal "mística" de que você falou.
Até hoje, quando passo pela Avenida Brasil 500, sinto um aperto no coração.

Martha disse...

São lembranças muito boas ... A melhor coisa do meu último período no JB foi exatamente - sem exagero algum - ter conhecido você e ter me tornado sua amiga. Uma amiga que "embarcou" comigo na minha aventura mato-grossense, sem saber que anos mais tarde se tornaria ela mesma "uma mulher do campo".
A vida é cheia de surpresas, não?