Enquanto aguardava para falar com uma pessoa da diretoria da Famato, li uma história triste no jornal Folha do Estado, sobre um menino de 6 anos, que veio passar uns dias em Várzea Grande (ele morava num sítio em Poconé, a cerca de 100 km de Cuiabá), e morreu eletrocutado. Ele estava brincando com um amigo, segundo a mãe, escorregou num dos muitos buracos de Várzea Grande, e segurou na cerca elétrica da casa de um aposentado que, aliás, foi preso por causa do acontecido.
Achei tudo muito triste. As pessoas querem se proteger de assaltos e acabam se cercando de um aparato de segurança que, não raro, acaba ferindo ou matando gente inocente. Outro dia estava pensando nisso: por causa do medo dos assaltos e roubos, todo mundo quer se proteger ao máximo. Quem tem muita grana, contrata seguranças, anda de carro blindado e vive cercado por grades e cercas. Quem tem menos grana ou tem pouca grana, pelo menos onde vivo, sofre mais porque fica mais à mercê dos assaltantes.
Neste fim de semana, fui a Cáceres, cidade de aproximadamente 100 mil habitantes, a 210 km de Cuiabá, e visitei a casa de uma amiga, que está longe de estar entre os mais ricos. Pois bem, há uns 15 dias, num domingo, ela saiu para almoçar com os pais recém chegados de uma cidade grande (dessas atormentadas pela violência) e quando voltaram sua casa tinha sido revirada e, entre outros bens, os ladrões levaram o carro dos pais, que acabou sendo recuperado pela polícia depois que os ladrões foram perseguidos após outro assalto. Sua mãe me contou que, além de revirar todos os aposentos da casa e maltratar os cachorros (não eram cães de guardas), os ladrões ainda praticaram atos de vandalismo como deixar caixas de suco derramando na porta do freezer. Depois da casa arrombada, minha amiga reforçou as trancas e mandou instalar cerca elétrica.
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