Hoje acordei mais animada e disposta ao trabalho e à vida. Fui surpreendida, porém, com o retorno de um problema velho conhecido: a irritação do meu olho direito, diante do sol implacável de Cuiabá. Fazia tempo que meu olho direito estava melhor e eu tinha até medo de cantar vitória diante do inexplicável. Pois bem, com a volta do tempo mais seco e diante dos raios de sol que incidem com força nos meus olhos no caminho para o trabalho (mesmo com óculos escuros), meu olho direito (por que ele?) voltou a ficar irritado e lacrimejar, embaçando minha visão e colocando em suspenso meu plano de encarar a vida com mais boa vontade, apesar do ceratocone e outros probleminhas.
O que fazer diante disso? Mudar de cidade, de vista, de lente de contato, de oculista?
Chegando á revista, tirei a lente, dei um tempo e consegui recolocá-la com um pouco de desconforto. Sem ela, eu simplesmente não consigo escrever!
No caminho, vi um caminhão da Prefeitura com cinco rapazes sentados na beirada da caçamba sem qualquer equipamento de segurança. Fiquei me indagando o que aconteceria se o veículo brecasse de repente? Se eles caíssem e se machucassem, provavelmente alguém diria que eles não estavam sendo transportados num veículo adequado ou de uma forma adequada. Um advogado entraria na justiça contra a Prefeitura pedindo indenização e o processo se arrastaria por anos a fio.
Que pensamento mais pessimista, não? A intenção não é essa. Eu apenas me preocupo com as pessoas e me sinto impotente (apesar de jornalista) para brigar por um mundo mais decente e menos hipócrita. Vejo as pessoas promovendo eventos para discutir segurança de trabalho, etc, mas vejo detalhes que mostram que, em matéria disso, ainda estamos muito atrasados. Querem um exemplo:? Logo após a enchente no Rio de Janeiro, vi num telejornal da Rede Globo, funcionários do estádio do Maracanã tirando com as próprias mãos (sem luvas) a sujeira que entupia os ralos. A pressa era grande para limpar o estádio de modo a abrigar um jogo do Flamengo no dia seguinte.
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