terça-feira, 13 de abril de 2010

Insight

Ontem, depois da aula de yoga, eu me toquei de uma coisa meio óbvia para muita gente, mas que me atingiu naquele momento com a força de uma enxurrada.
Sou de uma geração moderna, feminista, que lutou por direitos iguais para mulheres, que repele o machismo e se encrespa diante das práticas machistas e discriminatórias.  
Porém a gente carrega, como marca de fogo na pele, a marca da servidão, do medo e da insegurança. A gente anseia pelo macho protetor (pai, irmão, marido, amigo) que vá zelar pela segurança e prover a família. 
Algumas não estão preparadas para enfrentar com firmeza o mundo dominado pelo homem e se sentem sempre à beira de um ataque de nervos. Algumas se fragilizam, choram, se deprimem diante da ausência do macho protetor (não sei o que é pior, ter a presença física de alguém que não faz o seu papel a contento, ou simplesmente não ter); outras tornam-se agressivas, quase histéricas, para assumir o papel dominador. 
Dizem que há uma terceira via. É essa que estou querendo encontrar, mas, sinceramente, há momentos que desanimo. 
Queria poder nascer de novo, mudar meu plano mental, ser mais valente. Acreditar mais. Em mim.

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