sexta-feira, 9 de abril de 2010

Era uma vez uma ONG que queria virar Oscip

Eu confesso: quase tive uma Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). Tudo começou no final de 2005 quando tive a ideia de fazer um trabalho de mediação entre a mídia internacional e Mato Grosso. Como eu trabalhava (e ainda trabalho) na revista Produtor Rural ouvia constantemente especialistas falando sobre a necessidade de melhorar a imagem da agropecuária brasileira, em especial da mato-grossense.
Eu andava empolgada com as reportagens que fazia e percebia que nem tudo era tão "horrível" como apregoava a mídia urbana (nacional e internacional). A intenção na época era promover bons exemplos (propriedades rurais onde se fazia um trabalho bacana) e fazer um trabalho de formiguinha para desmontar alguns mitos criado pela mídia não segmentada. 
Pois bem, compartilhei minha ideia original com colegas de trabalho e o projeto cresceu. Alguém sugeriu que criássemos uma ONG para fazer esse trabalho, que precisaria ser pago por alguém. A intenção não era fazer trabalho voluntário. Foi aí que quase enfiamos os pés pelas mãos. Montamos um instituto, fizemos estatuto (uma chatice) e criamos a ONG que, posteriormente deveria se transformar numa Oscip - uma sigla ainda bastante nova e desconhecida para nós no início de 2006. 
O trabalho não andou e nossa ONG foi fechada antes de virar Oscip. Ainda bem. Dava para sentir que o caminho percorrido (possibilidade de acesso a recursos provenientes de emendas parlamentares, etc) não era para nós, jornalistas pouco habituados a esses malabarismos contábeis. Dizem que a gente sempre aprende alguma coisa com nossos erros. Eu aprendi que nunca mais vou querer ter uma Oscip.

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