sexta-feira, 1 de junho de 2012

Reflexões de um final de tarde

Antes eu escrevia todo dia no blog, agora só estou conseguindo escrever uma vez a cada dois dias. Falta de assunto? Não, acho que não. Falta de tempo? Sim, mas isso é relativo. Talvez esteja me faltando "espaço": como estou envolvida na prospecção e realização de muitos trabalhos diferentes ao mesmo tempo, tem hora que falta cabeça, olhos, coração para atualizar o blog, cuja escrita não pode ser banal e sim sentida.
Também não quero perder este espaço de expressão, realização e convivência com pessoas que já conhecia pu que conheci através do blog, como meus amigos de Americana (SP), Chorik e Akira, sempre presentes por meio de seus comentários. Tem gente também de longe que não deixa comentário, porém seus comentários acabam chegando a meus ouvidos para meu deleite.
E assim vamos caminhando, comentando a vida, os filmes, os cursos e os fatos a que assistimos.
Hoje fiquei feliz. Fiz um trabalho para uma pessoa que conheci há uma semana e ousei descontruir totalmente um texto formal, protocolar e repetitivo para transformá-lo em matéria-prima para um material de divulgação a ser distribuído a um público amplo. Tanto ela podia amar quanto detestar meu trabalho. Felizmente, aconteceu a primeira opção. A reação de minha interlocutora chegou a me surpreender de tão entusiasmada.
Devo ter realmente um dom para escrever, mas sinto que ainda não faço o melhor uso dele. Ganho a vida com ele, porém falta alguma coisa.
Enquanto aguardava ser atendida, por falta do que fazer, andei relendo meu livro "Cantos de amor e saudade", que estava nas mãos já que resolvi oferecer um exemplar de presente à cliente.
Pode parecer ridículo, mas eu me emocionei relendo o epílogo do livro! Tive que enxugar lgumas lágrimas disfarçadamente. Passados tantos anos da elaboração da obra, é como se eu fosse uma estranha novamente e fiquei profundamente tocada com algumas passagens e com os ensinamentos, a delicadeza e a sensibilidade de dona Estella, minha protagonista.
Ontem, no final da tarde, entrevistei um mestre de Muay Thai, uma arte marcial tailandesa, para uma matéria que estou fazendo e fiquei encantada com as coisas que me contou. Fiquei até com vontade de praticar Muay Thai. Gosto muito disso na minha profissão:  a possibilidade de conhecer/ ouvir pessoas que não cruzariam meu caminho talvez.  É muito bacana você ver alguém realizando um trabalho com tanto amor e fé como o rapaz que entrevistei, Alex Paraná.
Eu percebi que alguma coisa em mim faz com que eu me perca, me amarre muito em aspectos menores da vida. Tem horas que levo a vida e as pessoas a sério demais e depois me decepciono. E se acontecer de alguém me decepcionar, tenho muita dificuldade para voltar a confiar naquela pessoa, superar a mágoa. Em outras palavras, sou muito exigente comigo e com as pessoas e isso torna a vida pesada demais.
Por isso preciso buscar as coisas, as pessoas que me fazem bem, que deixam meu espírito elevado, a alma lavada, como a gente costuma sem dizer. E preciso fazer isso, sem culpa, sem medo de ser feliz.

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