sábado, 19 de maio de 2012

Passeio de sombrinhas


Foto Jan Moura
Por favor, não digam que sou inteligente hoje e nos próximos dias. Não sou. Lembram-se aquela história contada no post de ontem? Pois é, descobri hoje que meu DOC voltou.  A minha falta de inteligência não reside aí, já que fiz um tipo de DOC errado baseada na orientação da moça que me atendeu ao telefone do banco X (o Itaú). 
A minha burrice está em não ter desconfiado de que tinha algo errado. Bastava eu ter entrado no site do Itaú para descobrir que o DOC tinha voltado e fazer outro tipo de DOC (ou um TED, como segeriu a moça do Itaú que me atendeu hoje) a tempo. 
Como hoje é sábado, só me restou me xingar (não adiantaria xingar a atendente do Itaú), esbravejar e me irritar com a minha idiotice e falta de atitude. O dinheiro só vai entrar na outra conta na segunda, independentemente do que eu fizer e, enquanto isso, a conta do BB permanece vermelha embora eu tenha dinheiro parado na outra conta.
Enfim, dizem que precisamos aprender com nossos erros. O duro é que a gente está sempre cometendo novos erros.
A chateação da descoberta quase me fez mudar de planos pela manhã, mas já que nada havia a fazer para corrigir o erro resolvi seguir meu caminho e participar do Passeio de Sombrinhas, marcado para as 9h, no Centro de Cuiabá. Foi ótimo! Tão surreal! 
O grupo, capitaneado pelo pessoal do Coletivo à deriva, saiu da Praça da Mandioca e seguiu pelas avenidas Mato Grosso e Rubens de Mendonça (CPA). Todo mundo portava sua sombrinha e a ideia do passeio era chamar atenção para a necessidade de mais sombras em Cuiabá, uma cidade quase sempre excessivamente luminosa e com poucas árvores nas vias públicas, apesar de ser chamada de "Cidade Verde". 
As pessoas que passavam de carro ou a pé estranhavam aquele povo com sombrinhas coloridas. Fizemos algumas intervenções, ainda que tímidas. Por exemplo, no retorno pela avenida Getúlio Vargas, algumas pessoas seguraram uma lona comprida no sinal fechado para que os demais integrantes do grupo e transeuntes em geral atravessaram a rua protegidos do sol. Fizemos esse movimento quatro ou cinco vezes. 
Depois o grupo se dispersou e ficou no ar a proposta de promover um piquenique sob uma das poucas árvores frondosas encontradas no caminho.  Pretendo continuar participando. Embora esteja numa fase pessimista e desgostosa com Cuiabá, agradam-me essas iniciativas que pretendem trazer um pouco de cor e reflexão para o cotidiano monocromático da capital. 
Pelo menos, a gente se diverte, encontra pessoas afins e se esquece um pouco das bobeiras marcadas no dia a dia.
Foto Jan Moura


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