terça-feira, 1 de maio de 2012

1º de Maio

Estou aqui neste feriado sem fazer nada do que tinha planejado.Não comecei a escrever minha matéria para a revista BIO (embora tenha trabalhado um pouco nela) e os colegas da Diana não vieram fazer trabalho aqui em casa, como estava planejado.
Saí para almoçar com a Diana e acabamos comendo num resturante diferente. Foi gostoso. Parecia que a gente não estava em Cuiabá. Tomei uma só taça de vinho e isso fez toda a diferença. Já faz mais de uma hora que saí do restaurante, mas ainda estou sob o efeito do vinho. Que delícia! Parece que as cores do dia ficaram mais nítidas, o céu ficou ainda mais azul e consegui ver alguma beleza nos contrastes de Cuiabá.
Fui deixar Diana na casa da colega e, no caminho, fizemos um pequeno tour pelo bairro Alvorada, objeto de seu trabalho do curso de Arquitetura. Mostrei a ela a cracolândia, que funciona perto da sede do jornal Folha do Estado, e fomos descobrir o que era a área verde que ela viu no Google Maps. Na verdade, é uma espécie de APP (Área de Preservação Permanente, até quando?) em torno de um córrego, que passa atrás do supermercado Modelo da avenida Miguel Sutil.
Voltei para casa curtindo as músicas do meu iPod e agora vou retomar um pouco meu trabalho antes da caminhada do final da tarde, que vai ser maravilhosa, sob esse céu azul e a temperatura amena, totalmente atípica em Cuiabá.
É isso. Meu dia do Trabalho não teve o glamour de um dia 1º de Maio épico, daqueles que povoavam minha imaginação no final dos anos 70 e nos anos 80, quando comecei a trabalhar.
Hoje, na maioria das grandes cidades, o dia do Trabalho não é mais um dia de luta e sim de festa, de shows com duplas sertanejas,de pagode ou axé. Pão e circo para os trabalhadores felizes de terem um trabalho, com carteira assinada, férias e 13º no final do ano. Êh, vida de gado ... Será que poderia ser diferente? O que as pessoas querem: não é comida no estômago, cerveja no copo, grana para comprar seu celular, a TV de plasma, um teto e um carro ou uma moto na garagem?
Quem gosta de miséria é intelectual, como dizia o finado Joãozinho Trinta - um fílósofo e um artista genial.

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