terça-feira, 22 de março de 2011

No ar

Já estou em casa, sã e salva, de volta aos problemas e neuras habituais.
Ainda estou com a cabeça meio no ar - efeito dos comprimidos de Dramavit que resolvi tomar a partir de sábado, quando comecei a sentir os efeitos da viagem no meu estômago. Para evitar sofrer mais do que o necessário, comprei por R$ 2 uma cartela com quatro comprimidos na farmácia de Conselvan, onde conheci Marcos Dyony (foto) e seu padrasto, o dono do estabelecimento.


Marcos na varanda de sua casa, que fica nos fundos da farmácia

O Dramavit me deixou meio grogue, certamente, ajudou-me a encarar a viagem de uma forma mais zen. Consegui até dormir e sonhar enquanto meus companheiros de viagem se desdobravam para tirar uma caminhonete do atoleiro e preparar o caminho para a outra passar num dos momentos mais críticos de nossa viagem.

Como gostei da experiência, tomei mais um comprimido na volta e hoje também optei por tomar outro para encarar a viagem de volta de avião, de duração de três horas (incluindo uma breve parada em Juína para embarque e desembarque de passageiros e carga), que foi tranquila, apesar das nuvens ameaçadoras. Uma retificação: o avião da Asta comporta nove passageiros.  O espaço interno é tão pequeno que até eu, que sou pequena, tive que andar encurvada, mas o pessoal da empresa é super gentil.
Um advogado que viajava ao meu lado gentilmente me emprestou seu iPad por um bom tempo para que eu ouvisse música. Ouvi Nana Caymmi, Ivan Lins, Chico Buarque, relaxei, mas não cheguei a dormir.

"Nossa" aeronave pousando em Aripuanã

Chegamos a Cuiabá sob chuva e enfrentamos de cara ruas inundadas no trajeto. Mas foi bom chegar em casa e ser recebida por minha filha mais velha, a quem relatei alguns episódios da viagem a Aripuanã enquanto almoçávamos no Goiabeiras Gourmet, o restaurante a quilo que fica do lado de nosso prédio.
Agora vou à aula de yoga para me alongar e esticar minha coluna, que se comportou muito bem graças aos alongamentos e posturas que fiz ao longo da viagem. As marcas das picadas dos borrachudos ainda estão visíveis nos meus braços e outras partes do corpo. Amanhã conto mais sobre Aripuanã.




2 comentários:

Blog do Akira disse...

Ufa, que aventura.
Enchentes, atoleiros, borrachudos, dramavits, fim de mundo selvagem, por alguns momentos temi por voce. Ainda bem que voce chegou sã e salva em casa.

Jane disse...

Depois do nosso carnaval no Rio, uma aventura dessa não é para qualquer um. Haja fôlego! Imagino as pessoas, lugares e histórias interessantes e maravilhosas q vc encontrou. É claro q sem os piuns a viagem teria sido mto melhor! Já pensou na riqueza de material q vc já tem para um novo livro? Que tal a ideia...?