terça-feira, 1 de março de 2011

Maternidade

Todo mundo fala tanto de amor, pois eu quase não falo de amor neste espaço, pelo menos de uma forma tão explícita.
Sempre tive muito medo de amar. Freud explica? Medo de perder, de ser rejeitada, de me decepcionar. Meu novo "guru", Wilson Britto, em seu livro "Um homem mau", diz: as pessoas não nos decepcionam, a gente é que espera coisas delas que elas não estão preparadas ou dispostas a nos dar.
É tão simples essa mensagem e mesmo assim a gente foge dessa verdade como o diabo na cruz. Como sempre tive um alto padrão de exigência,  sempre tive tendência a idealizar demais o objeto do meu amor, seja um amigo, um parceiro sentimental ou mesmo um membro da família. A recíproca dessa postura é: tenho que ser perfeita para que a outra pessoa continue me amando. Missão impossível.
Ultimamente um pensamento meio triste vem me perseguindo: nunca mais vou conseguir amar outro homem como amei os homens do meu passado ... Mas isso é um outro assunto que merece uma reflexão mais profunda.
O que quero dizer agora é que amo perdidamente minhas filhas. Às vezes sou exigente demais com elas, outras, complacente demais. Como é difícil encontrar esse equilíbrio!
Ontem minha filha mais velha voltou de viagem. Ela chegou doentinha, com problemas que acredito que devem se resolver hoje naturalmente, e como foi gostoso poder me dedicar um pouco a ela. Ser mãe. Vivenciar em meio a outros afazeres e preocupações o simples - e, ao mesmo tempo, complexo - ritual de ser mãe.
Eu tive uma mãe maravilhosa, dedicada, amorosa e agora tenho filhas maravilhosas. Será que posso me queixar de alguma coisa?

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