domingo, 26 de abril de 2009

A arte da paciência

Hoje estou feliz porque consegui passar o dia todo com as duas lentes de contato. E quanto a amanhã? Não sei, é uma incógnita.
Gostaria de abordar vários assuntos aqui: o filme ao qual assisti ontem (Divã, com Lília Cabral), o livro que estou lendo (sobre a atriz Leila Diniz), o desfecho do meu último caso amoroso (meio decepcionante, mas como sempre, com um lado meio cômico), etc. Mas vou falar de uma coisa que vem me martelando a cabeça desde quinta-feira. Cheguei à conclusão que a maior virtude de um repórter é a paciência, aliás, eu diria que a maior virtude das pessoas em geral é a paciência.
Quando era jovem, achava bárbaro aquelas pessoas impacientes, do tipo que não leva desaforo para casa e segue à risca a letra de Vandré: "Quem sabe faz a hora/ Não espera acontecer".
Com o passar do tempo, fui percebendo que muitas brigas e desentendimentos poderiam ser evitados se houvesse um pouquinho mais de paciência de ambas as partes. Às vezes, o silêncio, a capacidade de não retrucar na hora valem ouro e podem significar a diferença entre a vida e a morte. Passei a admirar mais as pessoas que se calam ou não reagem não por covardia, mas por sabedoria.
Eu achava que o melhor repórter era aquele agressivo, invasivo. Hoje, não, penso que muitas vezes na reportagem, assim como na política, é preciso engolir sapos, dar uma volta maior para se chegar aonde se quer. É preciso ter paciência, mesmo que isso pareça muito difícil e arriscado na maior parte das vezes. É essa arte que quero cultivar: a da paciência.

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