No final da noite de ontem, assisti a um filme em DVD que é mais um daqueles que não fez um sucesso estrondoso, porém não é facilmente esquecido. Detalhe: a sugestão para vê-lo partiu de minha filha caçula. O filme se chama "Escritores da liberdade" (Freedom writers), foi dirigido por Richard Lagravanese e lembra um pouco filmes antigos como o célebre "Ao mestre, com carinho" (To sir with love) pela temática: professor bem intencionado chega à turma dos mais problemáticos da escola, encontra resistência até por parte da direção e dos colegas para efetuar as mudanças, porém, no final, vence.
O bacana na história é que ela é baseada em fatos reais e no poder da leitura e da escrita. A professora (interpretada por Hilary Swank, que assina a produção executiva do filme) consegue fazer com que seus alunos rebeldes e marginalizados envolvam-se com a leitura de clássicos como "O diário de Anne Frank", superem suas diferenças (negros, hispanos e orientais não se bicam) e seus preconceitos, e escrevam sua própria história. A virada começa com a redação de um diário.
Gostei muito porque trabalhei com diários na monografia que fiz no curso de especialização em ensino e aprendizagem de língua estrangeira. É um tema que me fascina. Seria ótimo se mais educadores assistissem a esse filme. Ele só reforça a minha crença de que bons professores - dedicados, sonhadores, iconoclastas, inovadores e, principalmente que gostem de pessoas - sempre fazem a diferença. E não o sistema. Este sempre vem a reboque.
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