quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Wando

Tenho ensaio do  madrigal daqui a pouco, mas não gostaria de deixar passar em branco a morte do cantor e compositor Wando. Não tenho especial apreço por sua obra, mas vivi um episódio curioso com ele, que acabou me aproximando de Wandor nos anos 80.
Eu trabalhava na sucursal da revista Veja no Rio e fui escalada para fazer uma matéria sobre Wando, que fazia muito sucesso na época com a música "Fogo e paixão", aquela de "Você é luz, é raio, estrela e luar ...".
Estive na casa dele na Barra da Tijuca ou Recreio dos Bandeirantes (não me lembro bem) e fui assistir ao show dele na casa noturna Asa Branca, na Lapa. Eu me diverti muito e ficava feliz por conhecer de perto o autor da música que tanto encantava minha sobrinha Juliana, que tinha uns 10 anos.
A Veja era - e ainda é - muito preconceituosa e a matéria tinha como mote o sucesso da música brega de Wando. Devo ter mencionado esse rótulo na entrevista e ele se revelou magoado com o fato de ser tachado de brega, que era um termos muito pejorativo naquela época, sinônimo de coisa ruim.
Olhando para trás, lamento que a revista Veja não deixasse espaço para surpresas em suas pautas/teses,  idealizadas por algum editor na matriz, em São Paulo. 
Críticas e remorsos à parte, eu me lembro que foi um prazer conhecer e conversar com Wando, mesmo que eu pessoalmente não gostasse de suas músicas. Mas curti bastante a pessoa por trás do artista que ficou famoso também pela quantidade de calcinhas que ganhava das fãs.

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