sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Divagações

Estava pensando agora mesmo: por que acho que sou tão especial e estou sempre achando que estou aquém das minhas expectativas? A autoexigência pode ser positiva e estimuladora, mas também pode ser altamente angustiante e fonte de enorme sofrimento.
Sinto que estou com um problema espiritual. Não creio em Deus, mas sofro demais com as incertezas em relação ao pós-morte. Sempre desejei para mim uma vida mais espiritual, mas por alguma razão me desviei do caminho e sinto que, apesar das conquistas - casamento, filhos, trabalho, prêmios, viagens - estou sempre insatisfeita comigo mesma.
Às vezes, olho para trás e penso o quanto fui feliz quando minhas filhas eram pequenas e eu tinha a ilusão de ter criado a minha pequena família perfeita. Mas isso não é verdade: mesmo naquela época eu tinha minhas inquietações, frustrações e enorme insegurança em relação a tudo.
A questão crucial, na minha avaliação, não é ter ou não ter um companheiro e sim estar bem comigo mesma, é estar em paz. As coisas boas virão daí. Não estou conseguindo ultimamente encontrar essa paz, essa sensação de estar fazendo tudo que poderia estar fazendo, de estar vivendo em plenitude, dando o melhor de si para o mundo.
Por mais que as pessoas tenham fé não há como fugir da possibilidade de que a vida termine aqui mesmo, embora no momento eu esteja mais inclinada a acreditar num processo de evolução pessoal, com a possibilidade de reencarnação. E, nesse caso, ainda tenho muito que evoluir, acredito.
Onde estão meus sonhos? Meus ideais? Sinto como se eu estivesse de alguma forma anestesiada.

Nenhum comentário: