segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Cáceres

Confesso que estou vivendo um momento de crise com meu blog. Esse tom confessional demais, subjetivo que adotei, me faz questionar um pouco se vale a pena continuar (de novo? que saco!)
A verdade é que quando alguém me fala que anda lendo meu blog me deixa ao mesmo tempo feliz e preocupada. Não tenho como fugir da filosofia "Pequeno príncipe": a gente se torna responsável por aquilo que cativa. Ou seja, se alguém me lê nesse mundo tão atolado de informações, blogs, sites, etc, é porque se sente de alguma forma cativado pelo que escrevo e isso me deixa cabreira.
Elocubrações à parte (hoje minha cabeça não está boa), quero contar que estive em Cáceres neste fim de semana após um ano de ausência. Foi estranho! Por um lado, eu me senti apartada da cidade, é como se realmente Cáceres fizesse parte de um passado. É como uma página virada na minha vida, só que é uma página muito bonita. Talvez das mais bonitas e emocionantes da minha vida!
O carinho com que as pessoas me tratam, as que fizeram parte desse passado e mesmo pessoas que vieram depois, mas já conhecem um pouco da minha história na cidade, é comovente! Sabe aquele coisa da gente se sentir querida? É tão bom! Acho que foi isso mesmo que fui buscar lá: carinho, aconchego, atenção. Isso faz a gente sentir que não está passando pela vida em vão. Uma vez me referi aqui a um poema que adoro do Manuel Bandeira, aquele da andorinha. Os quase 12 anos que passei em Cáceres me fazem sentir que não passei a vida à toa. Foi lá que escrevi meu livro, fiz e comecei a criar minhas filhas, e "plantei" algumas árvores. Cáceres sempre terá um lugar muito especial no meu coração.

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