segunda-feira, 16 de julho de 2012

Falta de educação ambiental



Estou novamente numa sinuca de bico. Hoje, pensei seriamente em dar uma pausa no blog.  Qual o propósito deste blog? Falar de moda, divulgar a cultura, algum produto em especial, uma loja, um esporte, uma filosfia? Não! Ao longo desses quatro anos ele tem sido uma mistura, um reflexo do que sou: uma pessoa que pensa, se anima, se desanima, se lamenta, ri, chora, se diverte com coisas corriqueiras, se indigna com outras não tão corriqueiras (a gente nem liga mais para as corriqueiras...)
Mas, afinal, para que se escreve? Para agradar, conquistar, desabafar, provocar, compartilhar? É isso! A última palavra é a mais importante. Eu escrevo para desabafar e também para compartilhar ... com quem? Com quem quiser me "ouvir" e, eventualmente, vivencie os mesmos problemas ou alegrias que eu. Pelo fato de eu estar compartilhando, eu me inquieto porque acho que não estou passando boas vibrações ultimamente e aí acho que me torno chata e repetitiva. Até eu estou de saco cheio de mim.
Sendo assim, o que fazer? Parar e só voltar a escrever quando tiver alguma coisa interessante para contar? Ou então continuar escrevendo e torcer para que ninguém me leia? (Estou quase chegando lá).
Enfim, mais um dia de muito trabalho, de encontros (com a filha mais velha) e despedidas (da caçula que voltou para Cáceres e de seu namorado, que voltou para casa). Estou meio cansada de levar e buscar gente no aeroporto, na rodoviária, etc. Faz parte, né, mas mexe com as emoções da gente!
Ontem passei um dia na Chapada dos Guimarães com a filha caçula e o namoradinho. O dia estava lindo e por alguns instantes consegui até esquecer de tudo que deveria estar fazendo em casa (os trabalhos pendentes). Fomos até a cachoeira da Martinha, minha xará, e foi divertido, apesar do lugar estar lotado. Gente, o que é aquilo? É uma cachoeira linda e uma das poucas com acesso totalmente liberado. Há alguns anos só se chegava lá por uma estrada de chão, o que reduzia bastante o número de visitantes. Meu amigo Rodrigo, que hoje mora no Rio de Janeiro, conta que a Martinha era um lugar perfeito, mas agora, com a estrada Chapada - Campo Verde asfaltada, o lugar é frequentadíssimo.
Tinha gente fazendo churrasco, bebendo cerveja (de lata e garrafa) e não vi ninguém fiscalizando o local. Saímos de lá por volta de 15h e não parava de chegar gente. Imagino o lixo que ficou para trás! Eu catei uma lata de cerveja (que não era minha) e um copo plástico, mas vi muito mais lixo pelo chão. Triste, né?
A gente ouve muito blá-blá-blá sobre turismo, educação ambiental e preservação, etc, mas na prática tudo é uma bagunça só. É uma pena.
Na volta da minha pobre xará, paramos num restaurante gostoso, já próximo a Cuiabá, Horácio's (no Km 28 da rodovia Emanuel Pinheiro). Comemos um arroz carreteiro decente e farto, que quebrou o galho do almoço de hoje também e ainda serviu de jantar para o porteiro da noite (da próxima vez, vou pedir meia porção). Só tomamos suco de laranja, mas percebi que os adultos da outra mesa estavam todas bebendo cerveja e saíram de carro. É, a Lei Seca em Cuiabá ainda é uma peça de ficção.
Para quem não ia escrever já escrevi demais. Vou ver se pego um pouco do noticiário de TV para saber se tem algo de novo acontecendo no mundo. Por hoje, chega de trabalho!

3 comentários:

Jane disse...

Assistindo ao noticiário da TV, mais uma vez vc deve ter visto q nada de novo está acontecendo no mundo. Mudam-se os personagens, mas o enredo da grande peça que vivemos continua o mesmo. As notícias são sempre repetitivas, os seus textos algumas vezes tb são, mas neles há sentimento e é o que me atrai. Continue se indignando, desabafando-se, compartilhando e permitindo q seus leitores fiéis como eu continuem a participar desse turbilhão.

Martha disse...

Valeu!

R disse...

Ei! Eu amei esse texto! Sobre a banalidade e o descaso cotidianos. É bom ver que tem mais gente que se preocupa com essas coisas: lixo no chão, falta de fiscalização, bebida e direção...a opção de fazer o certo e a opção de não o fazer (e arcar com as consequências). Cheguei no blog, procurando meios de como contornar a falta de educação ambiental. Tá na linha do que eu pensava. Mas agora, me pergunto se: se eu conseguisse "mapear" a falta de educação, onde eu chegaria? Onde mora a raiz disso? Dá para visualizar? Se eu visualizar, consigo traçar um plano para exterminar a falta de educação ambiental? É e será muito trabalho. Mas sou brasileira! Não tenho medo de trabalho! Agradeço o incentivo. Fiquei sua fã!