sexta-feira, 13 de julho de 2012

Ou isto ou aquilo

Não sei se faço isto ou aquilo. Isso me lembra aquele poema famoso de Cecília Meireles: "Ou isto ou aquilo".
(...) Não sei se brinco, não sei se estudo
se saio correndo ou fico tranquilo (...)
Esse poema tem o frescor de uma época em que todas as possibilidades ainda eram possíveis. É claro que tudo vinha acompanhado de uma certa angústia, da insegurança sobre ... minha aparência, o amor de minha família, a aceitação pelos amigos.
Ah, na verdade, a vida tem sempre suas dificuldades, porém quando a gente olha para trás tem tendência a se lembrar apenas da parte mais bonita.
As dúvidas e as inseguranças sempre foram minhas fiéis companheiras.
Hoje, estive pensando que meu maior problema hoje é a desesperança. Não consigo acreditar nas pessoas, nas ideias, num futuro melhor, em Deus.
Quem me conhece melhor talvez se surpreenda com essa confissão. Ou não. Não desejo mal a ninguém, mas sinceramente duvido que meus desejos e pensamentos tenham algum peso no desenrolar da vida.
Acho bonito quando ouço as pessoas falando com tanta fé em Deus. Se Deus quiser e Ele há de querer! É uma frase corriqueira e sem o menor sentido. Afinal, cadê o livre arbítrio de Deus?
Continuo achando que a fé é um aconchego, uma proteção que a maioria das pessoas encontra diante da total insensatez do mundo.
Ontem, cassaram o senador Demóstenes Torres! O Congresso está se purificando! Não acredito. E o Sarney, o Colloer e tantos outros que continuam por lá?
Enfim, não é legal perder a esperança na humanidade e tento não passar isso para minhas filhas. Adoro quando sorriem, fico feliz quando parecem felizes. Talvez eu esteja precisando de uma semente de esperança, de acreditar em algum projeto, num trabalho, alguma coisa que me devolva o tesão de seguir em frente e não apenas ir empurrando a vida com a barriga.
Ah, o início do post tinha a ver com uma indecisão sobre o que fazer naquele momento: iniciar mais esta ou aquela matéria, ou escrever um post.  Acabei optando por isto.

Um comentário:

Andréa Haddad disse...

Parabéns pelo texto. Abraços!