segunda-feira, 23 de julho de 2012

Mulheres oprimidas, mulheres lutadoras






Assisti a um filme neste fim de semana que me impressionou bastante: "Albert Nobbs". Nem sei se chegou a entrar em cartaz nos cinemas de Cuiabá, mas se passou, passou batido.
É o tipo de filme que adoro: delicado, requintado, tenso, com grandes interpretações a começar, é claro, pela atriz Glenn Close, magnífica no papel do garçon Albert Nobbs.
A história se passa em Dublin, no século XIX, neva praticamente o tempo todo e as pessoas que não tem posses, nem títulos vivem oprimidas.
Nobbs é uma mulher sem fortuna que se veste de homem para conseguir um emprego de garçon. Vive décadas assim, discreta(o), tentando passar o mais despercebida(o) possível. Só consegue ser ela(e) mesmo quando tranca a porta de seu quarto e conta as economias guardadas para realizar o sonho de um negócio próprio.
Dirigido pelo diretor colombiano Rodrigo Garcia, o filme recebeu críticas não muito favoráveis, a não ser pela interpretação de Glenn, que acabou perdendo o Oscar para sua eterna rival Meryl Streep ("A Dama de Ferro").  Eu adorei, fiquei ligadíssima do começo ao fim, aguardando as surpresas. Não gostei do desfecho, mas isso não maculou a ótima impressão que o filme deixou.
O que mais me impressionou foi o clima de opressão, a história triste de Albert e outros personagens do filme. Fiquei aliviada de morar no Brasil, nos séculos XX/ XXI.
O interessante é que assisti a esse filme motivada por uma reportagem publicada na revista "Newsweek", que li por acaso na sexta-feira.  Era uma reportagem longa sobre 150 mulheres de destaque no mundo inteiro. Tinha mulheres quase anônimas que lutam por seus direitos e contra o preconceito em vários cantos do mundo, mas havia também mulheres famosas, como a atriz Glenn Close mencionada por seu papel como Albert Nobbs. A presidente Dilma Roussef integrava a lista assim como outra brasileira, cujo nome não recordo (que pena que não anotei).
 Uma dessas mulheres mais anônimas mora no Afeganistão e seu pai a vestia de homem para que pudesse acompanhá-lo nos atos políticos. Hoje ela ainda atua politicamente em seu país.
Cada história linda e triste. Histórias marcadas pela violência, pelo machismo, pelo preconceito, pela coragem e garra dessas mulheres que ousaram se rebelar contra um destino opressor e injusto.

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