sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Descobrindo Sydney - Parte 1


Hoje convido você a um passeio por Sydney que, embora não seja a capital da Austrália, é a maior cidade do país e a mais famosa.
Nossa viagem (fomos eu e minhas filhas Diana e Marina) a Sydney começou num voo, de aproximadamente uma hora e meia, que saiu bem cedinho (quase madrugada), no domingo (dia 3 de novembro), de Brisbane. A distância entre as duas cidades é de pouco mais de 900 km e elas estão localizadas em estados diferentes: a primeira em Nova Gales do Sul e a segunda em Queensland, com uma diferença de uma hora no fuso horário.
A previsão do tempo era de chuva nos três dias que passaríamos  lá, o que nos deixou um pouco desanimadas e nos obrigou a malabarismos para arrumar a mala (de 10 kg no máximo). 
No primeiro dia choveu. Chegamos mortas de sono ao Boutique Hotel, que fica localizado na George St, bem perto de Chinatown. Como não podíamos fazer o check-in naquela hora, somente deixamos as malas na recepção (pessoal muito simpático e solícito) e fomos atrás de um bom café da manhã, que foi praticamente um almoço. 
Um pouco mais animadas e alimentadas, flanamos pelas redondezas e demos um rolê no gigantesco Paddy's Markets à espera do horário de fazer o check-in. Nosso primeiro objetivo era fazer o Free Tour, que partiria de um local entre a St Andrews Cathedral e o Town Hall. O roteiro era extenso e bastante atraente, e minha filha Marina e eu estávamos entusiasmadas por conta de outras experiências muitos boas com esse tipo de tour. Diana, entretanto, estava desanimadíssima: muito gripada, não parava de espirrar.  Iniciamos o tour, que estava muito interessante (mesmo que eu compreendesse somente a metade do que a guia falava), porém começou a chover forte e não tínhamos guarda-chuva. Optamos por entrar num café da Lindt, onde nos deliciamos com bebidas e comidas, tudo naturalmente à base de chocolate. Diana ia voltar sozinha para o hotel, mas mamãe super protetora preferiu acompanhá-la e, após um banho, deixamos ela dormindo no quarto e saímos para beber e comer (Marina e eu). Estava bem frio.
Minhas primeiras impressões de Sydney foram complexas. A cidade é bem mais movimentada que Brisbane (em pleno domingo), mais suja (pelo menos, no Centro) e a quantidade de gente pedindo dinheiro ou simplesmente morando na rua é grande. Não sei se não homeless por opção, ou por problemas de saúde (drogas, etc), mas é sempre triste ver pessoas deitadas num colchão no meio da rua ou simplesmente pedindo dinheiro. Em Sydney, a gente não anda tão despreocupada com a bolsa, mas nada que assuste quem é brasileiro e está acostumado com cidades mais perigosas.
Única foto do nosso primeiro dia em Sydney, no Hyde Park
Nosso segundo dia em Sydney foi glorioso. O dia amanheceu lindo e Diana acordou praticamente recuperada da gripe (ou alergia). Sendo assim,  partimos para nosso programa mais audacioso: fazer a travessia de Bondi a Coogee (Bondi Coogee Coastal Walk), uma caminhada de aproximadamente 6 km. Com a experiência de sua primeira ida a Sydney, Diana achou que seria mais interessante fazermos a caminhada inversa ao que a maioria das pessoas faz. 



Foi lindo, inesquecível! Após um farto café da manhã (só lembramos de tirar a foto depois de comer), pegamos um ônibus e descemos na praia de Coogee e fomos caminhando sem pressa, degustando paisagens incríveis, cada uma mais estonteante que a outra.

Estava sol, porém tinha uma brisa geladinha para quem está acostumada ao clima mato-grossense e, infelizmente, não tivemos coragem de mergulhar em nenhuma das praias e piscinas maravilhosas que vimos ao longo do passeio. Bobeira minha: mesmo usando protetor solar, fiquei com a marca da blusa!



No caminho, nos deparamos com uma exposição de esculturas muito legal e, à medida que nos aproximávamos de Bondi - a praia mais famosa de Sydney - a pista ia ficando mais cheia de gente: idosos com dificuldades para andar, crianças, grupos de estudantes. 


A Estátua da Liberdade Louca, minha escultura preferida da exposição.




Quase no final da caminhada, uma vista estonteada de Bondi Beach

Mas, para mim, o ponto alto do passeio foi o trecho próximo ao cemitério de Waverley. Fiquei realmente deslumbrada com a paisagem.



Ao final da caminhada, nos presenteamos com um sorvete do Ben&Jerry em Bondi e pegamos o ônibus de volta para o Centro, com a intenção de visitar Manly, uma praia à qual se chega de ferry-boat. Tínhamos receio de que o tempo poderia ficar novamente ruim no dia seguinte, o último que passaríamos em Sydney.




Travessia de ferry boat para Manly. Ao fundo, o icônico Opera House

Nossa intenção era tomar banho de mar, mas quem disse que tivermos coragem? O ar estava ainda mais gelado e ventava muito. Passeamos pelas lojas, tiramos fotos e comemos fish&chips num restaurante à beira-mar, devidamente acompanhado (no meu caso) de um cálice de vinho tinto. Chique, né?


Brincando de tirar fotos com a GoPro da Marina em Manly
Voltamos para o Centro de Sydney muito alegres e caminhamos até o hotel. Após o banho, fomos atrás do jantar. Andamos muito à procura de um restaurante com rodízio de pizza que as meninas descobriram (não sei como), mas quando chegamos lá o rapaz que nos atendeu disse que não aceitavam mais fregueses (já era tarde, por volta de 21h). Me deu vontade de sentar no chão e chorar.
No retorno ao hotel (sempre a pé), decidimos parar num restaurante tailandês. Marina não gostou muito da ideia, mas o jantar acabou sendo divertido e, guiadas por Diana, comemos razoavelmente bem. Pelo menos, o lugar estava muito cheio e animado.



Vou deixar o terceiro dia de Sydney para outro post. Imagine se eu ficasse lá uma semana!
PS. Após a experiência do primeiro dia em Sydney, Diana passou a levar sempre seu guarda-chuva na bolsa, que funcionou como uma espécie de amuleto contra a chuva. 

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