quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Roda viva



O lado ruim de ficar várias dias sem atualizar o blog é que a gente não sabe por onde começar, do que falar. São tantos assuntos! Cuiabá está pegando fogo! Em todos os sentidos.
Para variar, há focos de incêndio por todos os lados neste período de seca, que só deve terminar em outubro e é a pior época do ano para mim. Por enquanto o céu ainda está azul, mas até quando?  Muitas pessoas ainda insistem em queimar o lixo, as folhas secas sem pensar nas consquências para o meio ambiente e a saúde geral do povo.
Além disso, tem outro incêndio que diz respeito à discussão sobre o VLT - o transporte do futuro que deveria chegar antes da Copa de 2014. Está uma confusão dos diabos. A pedido do Ministério Público, a Justiça suspendeu o contrato no valor de R$ 1,477 bilhão e proibiu a execução das obras do Veículo Leve sobre Trilhos, o tal do VLT.
Está um fuzuê danado com um monte de gente se manifestando, quem é contra ou a favor do atitude do MP, do VLT, enfim, nessa altura do campeonato a maioria nem sabe se a escolha de Cuiabá para ser subsede da Copa foi boa ou ruim para Mato Grosso.
Confesso que sou uma delas: no início, achei bom, embora nunca tenha me entusiasmado, mas diante da lerdeza nas decisões, das disputas políticas e da incompetência da classe dirigente, temo que preferia ficar com a velha Cuiabá de sempre. A Copa parecia uma oportunidade para a realização de obras que beneficiariam a população como um todo, mas desde que criaram a Agecopa a coisa só foi piorando.
Mas eu quero registar aqui - ainda que tardiamente - a morte de Antônio José Waghabi Filho,  o Magro do MPB-4, aos 68 anos, em consequência de um câncer. Cresci ouvindo o MPB-4 e guardo na memória as imagens e o som maravilhoso do quarteto cantando "Roda viva" com Chico Buarque num festival da Record. Gostava de todos no MPB-4, mas do alto de meus 10/12 anos era apaixonada pelo Magro. Mania de gostar de homem barbudo e magro, que se refletia no meu Beatle preferido (George Harrison).
Li que ele era um grande arranjador e fico contente que tenha levado a vida fazendo música. Talvez não tenha tido o reconhecimento desejado; talvez não tenha sido devidamente remunerado para isso. Não sei. Só sei que devo muito ao Magro e ao som do MPB-4, que embalou boa parte da minha adolescência. Morro de inveja do meu amigo Eugênio que contou ter assistido a uma apresentação do grupo em Curitiba há uns cinco anos.

2 comentários:

Jane disse...

Acho que a sua dúvida sobre a escolha de Cuiabá para subsede da Copa pode se ampliar: E o Brasil como sede...???
Qto ao Magro, que saudades... saudades da emoção sentida tantas vezes ao ouvir a interpretação magistral de pérolas da nossa MPB pelo MPB4! Inesquecível o show no Canecão em 1971 com o MPB4, Chico e a OSB! Vc estava lá, não estava?
Nos anos 70, tb assisti a Tempo e Contratempo no Teatro Casa Grande. Assisti a alguns outros, mas esses 2 foram mto marcantes, daqueles de nos deixar em estado de graça... Bjs. Saudades de vcs!

Martha disse...

Grandes lembranças de um tempo em que a música era simplesmente maravilhosa. Venha nos visitar qualquer hora dessas para tomarmos banho no rio Mutuca. Eu canto "Roda viva" no Chorinho" Bjs