segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Refluxo

Hoje me consultei com uma médica maravilhosa: dra Rafaela de Liz P.S Lermen. Até que tenho sorte com médicos. Em geral, quando preciso de algum especialista peço socorro ao Dr Gabriel Novis Neves, que sempre indica os melhores.
Mas neste caso a indicação veio de um homeopata, Dr Luiz Augusto Cavallini Menechino, que também é muito legal e me foi indicado por uma jornalista que conheci em minha breve passagem pela redação do jornal Folha do Estado.
Adoro médico que explica tudinho, que te atende como se tivesse todo o tempo do mundo.
A dra Rafaela é assim. Pegou uma ilustração do aparelho digestivo e me explicou tudinho sobre o meu problema: refluxo alcalino ou refluxo duodeno-gástrico. Como achei interessante o funcionamento do aparelho digestivo, onde tudo tem sua função e razão de ser!
Embora seja um probleminha chato, saí de lá me sentindo acolhida, protegida, completamente diferente de que como me senti quando saí do consultório de outro gastro há um ano. Ele pareceu não dar a menor bola para o meu refluxo (era apenas mais um caso), receitou e me dispensou, dizendo que a outra alternativa seria uma cirurgia.
É claro que não vou conseguir explicar aqui tudo que me disse a dra Rafaela. Para isso, eu teria que ter dado uma de jornalista e anotado tudo que ela falou, tintim por tintim.
Entre outras coisas interessantes ela me confirmou o que já suspeitava: a vesícula (que tirei há 12 anos) faz falta sim. Segundo a dra Rafaela, atualmente não se tira mais a vesícula por qualquer pedrinha. Essa postura dos médicos, disse, mudou há cinco anos. A vesicula tem um papel importante no aparelho digestivo liberando mais ou menos "saponáceo" para ajudar na digestão dos alimentos. Se ela não existe mais a liberação é sempre a mesma independentemente de estarmos comendo alimentos de digestão mais fácil ou mais complicada.
Isso não quer dizer que tenho refluxo por causa da falta da vesícula, mas tudo acaba se misturando.
A dra Rafaela confirmou que não posso me deitar após as refeições (enquanto estamos de pé funciona a lei da gravidade e é mais difícil acontecer o processo de refluxo) e devo evitar alimentos gordos, carnes, leite, frituras, líquidos durante as refeições, roupas apertadas, balinhas de hortelã e menta, e chicletes. Posso até contrariar as recomendações, mas sei que pagarei um preço (como hoje: acabo de vir de um aniversário e comi além da conta).
A médica pediu que eu volte daqui a seis semanas, mas antes devo ir ao cardiologista para ver se meu coração está 100% para ela me receitar um remédio. Como minha cardiologista (também queridíssima) está de férias, vou ter que aguardar. Contei isso à dra Rafaela e ela se divertiu com a informação de que a dra Marta está passeando pela Europa com sua mãe de 87 anos.
Ah, vou ter que tomar um remédio que a dra Rafaela chama de inibidor de bomba (de próton), que é bem carinho... Mas ela disse que não será para sempre. Ainda bem.
Quando vou a um médico como ela fico com muita pena das pessoas que não têm a mesma oportunidade ou sorte que eu. Quando a gente tem algum problema de saúde o que mais quer é ter a sensação de ter um médico por perto que realmente pareça interessado em resolver o teu problema e não te trata como mais um paciente.

2 comentários:

Dete disse...

Martha, só você mesma pra fazer um blog sobre refluxo parecer super interessante. O que 'e o dom da escrita... Que bom que você achou uma medica legal.

Martha disse...

Obrigada, Dete!