segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Ilusões perdidas

As pesquisas indicam que um dos candidatos à Prefeitura de Cuiabá, o empresário Mauro Mendes, tem larga margem de vantagem em relação a seus concorrentes.
Não acredito que tenhamos grandes mudanças até o dia das eleições e seguiremos numa eleição sem graça em que não consigo mais acreditar em ninguém.
Hoje, alguém me perguntou: em quem você vai votar? Ainda não sei.
A princípio, votaria no Mauro Mendes, em quem votei nas últimas eleições para governador na disputa com o atual governador Silval Barbosa, que nunca despertou minha simpatia.
Mas não aguento mais esssa lenga-lenga de cara pobre que trabalhou e ficou rico, tornando-se um mega empresário de sucesso. Além de me fazer sentir uma idiota por continuar tão dura, essa história tem alguns pontos obscuros.
Se ele é rico não vai roubar, certo? Isso é relativo. Ele pode não roubar para si, mas pode permitir que um monte de gente ao seu redor roube (ou continue roubando).
Não consigo ver um plano de governo, um desejo real de fazer uma administração moderna, menos viciada e que realmente possa trazer uma melhoria de vida para os mais carentes. Cuiabá precisa  de um choque de administração. Será que Mauro Mendes tem força para isso? Será que está a fim de dar uma guinada?
O candidato do PT, o médico Lúdio Cabral, é mais simpático. Tem uma cara de gente boa. Votei nele na última eleição para vereador, mas o fato de ter o apoio do PMDB de Silval anula qualquer possibilidade de votar nele.
Quanto ao candidato Carlos Britto (de que partido ele é mesmo?) é uma pessoa que muda toda hora de partido, de aliados, de cargo. Já foi secretário de Segurança Pública, de Comunicação e de outras pastas que eu nem me lembro mais. Não sinto firmeza nele, apenas o desejo de estar sempre próximo do poder.
Temos ainda no "páreo" o candidato do PSDB, o também médico Guilherme Malouf. Nem tenho o que falar sobre ele. Uma das propagandas que vi diz que nele a gente pode confiar porque é médico e vai cuidar bem da saúde. Tô fora! O pior secretário de Saúde que já conheci é um médico, Pedro Henry, portanto ...
Como vocês viram, minha opinião sobre os políticos vai de mal a pior. É uma pena! Eu gostava de votar, adorava o período eleitoral quando morava no Rio de Janeiro, frequentava comicios, fazia campanha voluntária para meus candidatos. A decepção com o PT e tantos políticos me tornou um ser descrente. Infelizmente.
Terei que fazer um esforço para escolher um vereador em meio a um mar de cavaletes espalhados ao longo da avenida do CPA (parece até um cemitério) e tentar dar meu voto a um dos candidatos a prefeito. Não acho que valha a pena anulá-lo. Anular é abrir mão do meu direito de decidir pelo menos pior.
 
 

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