domingo, 16 de setembro de 2012

Pra não dizer que não falei de flores

 
Foto de Augusto César Areal, tirada de um ipê que plantou em Brasília e publicada no Facebook
 
Hoje sonhei que estava mergulhando no mar frio e delicioso da Barra da Tijuca. No sonho eu perdia uma vasilhinha de plástico (de brinquedo, sei lá) e ficava esperando que as ondas a trouxessem de volta. Até que ela era pega por algumas pessoas, mas mesmo assim eu conseguia resgatar minha vasilhinha.
Acredito que o sonho seja reflexo da saudade enorme que tenho do mar, da secura extrema em Cuiabá e de uma conversa que rolou ontem sobre praia na choperia do Sesc Arsenal. Um dos presentes dizia que detestava água do mar gelada e falava sobre sua praia favorita e fiquei pensando em quanto adoro a sensação de mergulhar no mar gelado. Também fiquei pensando qual era minha praia favorita: não sei,  adorei tantas praias que conheci ao longo da vida .... em Salvador, Natal, Porto Seguro, Búzios, Arraial do Cabo, Ubatuba, Guarapari, Rio de Janeiro  ... Acho que a melhor praia é aquela onde a gente está "aqui e agora".
Por esse papo dá para sentir que não estou curtindo minha praia agora. É muito difícil viver em Cuiabá nesta época do ano. O calor, o céu cizento, o ar opressivo não são nada estimulantes. Junte-se a isso uma campanha política que só me confunde, um clima político no país altamente venenoso e realmente a gente tem que fazer um esforço para não entregar os pontos.
Quase todo mundo em Cuiabá está reclamando de falta d'água (no meu prédio mesmo há um aviso nos elevadores alertando para esse risco). Reclama-se muito dos serviços da CAB Ambiental, a empresa que comprou há poucos meses o direito de explorar os serviços de água e esgotos na capital. Apenas quatro vereadores votaram contra a venda e se comenta que os demais e o prefeito teriam levado uma grana para aprovar a privatização da antiga Sanemat. Os serviços desta também deixavam a desejar, mas até agora não houve melhora e a empresa que brigou tanto para comprar a concessão já está querendo sair fora. Dá para entender?
Não, assim como não dá para entender o jogo político pesado que está por trás de tudo, seja o levante árabe pelo mundo, seja a reportagem da Veja sobre o mensalão (e Lula), seja a confusão da campanha para prefeito para Cuiabá, onde o candidato do PT, o médico Lúdio Cabral, está junto com Silval Barbosa, cujo governo vem privatizando tudo na saúde e entregando os serviços na bandeja às tais OSSs. Mas ele é o cara, dizem as pessoas; por outro lado temos o empresário Mauro Mendes, que não chega a convencer no seu personagem de empresário bem sucedido  e bonzinho que vai resolver todos os problemas de Cuiabá.  Continuo confusa.
Diante de tudo isso, fico com o exemplo de uma pessoa discreta que faz um trabalho lindo, sem alarde. Ela planta árvores em Brasília. Não só planta como cuida delas como se fossem verdadeiros filhos. Fico super orgulhosa de meu sobrinho e afilhado, Augusto César.
E por falar em árvores, flores, soube que amanhã vai ter um movimento bacana em Cuiabá: Não reclame do calor, plante uma flor. Será às 7h na praça Clóvis Cardoso. Estou querendo ir para ver qual é.
 
PS: Você, que vem a Cuiabá por alguns dias nesta época do ano, não desanime. É possível se divertir aqui e ser feliz, apesar do clima, principalmente quando se está perto das pessoas que a gente ama.
 

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