segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Doces lembranças

 
 
 
Estou atrasadíssima no meu blog. Há dias tenho um tema na cabeça, mas por várias razões não consegui escrever o post. Ontem cheguei em casa da caminhada ávida pelo blog e tive que lidar com a estranha sensação de ficar sem internet. Ainda bem que tudo voltou ao normal sem que fosse necessário pedir ajuda.
Na véspera desse fim de semana prolongado, confesso que me angustiei diante da falta de opções, de programas e até de amigos. Muitos viajaram para longe e fiquei sonhando com a possibilidade de fugir dessa calorenta e inóspita capital por alguns dias.
Até que meu final de semana foi gostoso, tranquilo, preguiçoso, mas regado a almoços em família, leituras, música, caminhadas, um pouco de trabalho e um delicioso filme francês para completar ("Uma doce mentira" com Audrey Tatou).
Mas o pensamento que embalou a véspera do feriado me trouxe à memória um lugar do meu passado que eu amava de paixão. Sei que hoje não é mais tudo isso, porém o que fica é lembrança boa. Ilha de Paquetá! Estava tão cansada de trânsito, barulho de motor, buzinas, que sonhei com a tranquilidade de Paquetá - uma ilha a cerca de 40 minutos (?) de barco do Rio de Janeiro, onde não entra carro. Lá os turistas e moradores andam a pé, de bicicleta ou charrete.
Ah, quanta saudades dessa Paquetá da minha infância: dos dias que passamos lá em família, andando de bicicleta, de pedalinho, fazendo piquenique na praia e nos sentindo como personagens do romance de José de Alencar  (acho que é "Senhora" que se passa lá).
As praias de Paquetá nunca foram boas, afinal, trata-se de um lado da Baía de Guanabara, mas há 40 anos as águas eram razoavelmente limpas e, por serem extremamente calmas, era muito gostoso para nós, crianças, tomarmos banho ali.
Sonhei, portanto, com essa Paquetá idílica e emoldurada nas minhas melhores lembranças da infância, embora também eu me recorde dos meus enjoos na travessia de barca quando era menor.
Mas é isso a vida: com o passar do tempo, as lembranças boas acabam se sobrepondo às ruins e a gente acaba ficando com a sensação de que sempre foi muito feliz e não se dava conta disso.
Apesar de ter ficado em Cuiabá, consegui curtir o Parque Mãe Bonifácia no sábado e no domingo e fiquei muito feliz de ter conseguido no sábado tomar uma água de coco fiada, já que nunca me lembro de levar dinheiro. Seu Manoel foi generoso (já paguei ontem as duas águas) e me proporcionou um momento sublime, daqueles que guardarei sem dúvida na memória: tomar água de coco gelada depois de uma caminhada no clima desértico de Cuiabá não tem preço!

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