quarta-feira, 8 de junho de 2016

Violas em trânsito


Estou no céu. Acabei de assistir a um show cuja despretensão é do tamanho de sua grandiosidade: dos violeiros Paulo Freire e Levi Ramiro, no projeto Sonora Brasil, no teatro do Sesc Arsenal.
Sou alucinada pelo som da viola e, quando vi que o Sonora Brasil desta temporada seria focado nesse instrumento tão brasileiro, decidi que deveria me esforçar para assistir a quantas apresentações pudesse.
Hoje, foi o segundo dia. Ontem teve Violas Singulares, com a participação de Sidnei Duarte (de Mato Grosso), amanhã tem Violas no Nordeste e na sexta Violas em Concerto, sempre às 20h. O ingresso é um 1 litro de leite Longa Vida.
O som da viola tem o poder de me transportar para um lugar bom. Não sei que lugar é esse, mas sei que é bom. Me dá vontade de sorrir, de chorar, me faz sentir gente.  A gente até acredita que o Brasil é um país de pessoas boas, de bom coração e bem intencionadas.
Os dois violeiros de hoje, além de serem mestres em seus instrumentos, eram grandes contadores de causos. Eu me diverti muito com as suas brincadeiras. 
O público era bem seleto e parecia estar no clima da apresentação. Bonito demais!
Quando acabou, os músicos convidaram o público para conhecer seus instrumentos e exibiram seus CDs. Juro que eu não ia comprar, mas não resisti a um dedo de prosa e, no final, trouxe para casa um CD do Levi ("Trilha dos Coroados") e um CD do Paulo ("Pórva"). Ouvirei com prazer na tentativa de estender o prazer vivenciado durante o show.
Amanhã, os dois músicos seguem para Rondonópolis onde se apresentarão na sexta-feira, no Sesc local. Se eu morasse em Rondonópolis, assistiria de novo.

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