sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Nuvem de lágrimas



Fiel ao plano definido esta semana, é hora de agradecer, mas hoje preciso fazer um agradecimento muito especial.
Agradeço por minhas filhas maravilhosas que gozam de boa saúde e estão felizes nas cidades que escolheram para viver neste momento: Diana, em Brisbane (Austrália) e Marina (Jaboticabal/SP). 
Hoje, minhas atenções se voltam especialmente para Diana, a mais velha. Amanhã (ou hoje, já que ela está 13 horas à minha frente), ela completa 25 anos. E está especialmente feliz, vivendo a maior aventura de sua vida, do outro lado do mundo.
Às vezes, eu me pergunto se não deveria chorar 24 horas por dia por estar tão longe de filhas que adoro. Mas fico tão feliz pelas oportunidades que estão tendo! Marina foi a primeira a sair de casa para fazer o curso de Agronomia na Unesp e chegou a ficar um ano na Europa graças ao programa Ciência Sem Fronteiras.
Elas estão fazendo o que eu gostaria de ter feito e meu papel não poderia ser outro a não ser dar força, encorajá-las a encarar os novos desafios e estar sempre pronta a apoiá-las nos momentos difíceis.
É claro que não sou uma mãe perfeita, mas acredito que sou uma mãe amorosa e respeitosa.
Anteontem, revirando nossas caixas de fotos antigas (em busca de uma foto solicitada por Marina), eu me dei conta de como fomos (e ainda somos) felizes. Acredito que minhas filhas tiveram uma infância e uma adolescência bastante felizes, cercadas de amigos e parentes, cachorros e muito amor.
A história sofreu uma quebra com a separação dos pais, porém acredito que conseguimos superar as dores inevitáveis ou, pelo menos, conviver com elas de uma forma menos sofrida.
Confesso que passei um período grande demais com um travo amargo na boca - um misto de raiva e frustração com o fim de um amor que julgava eterno.
A menina mimada e exigente que habita em mim teve dificuldades para lidar com os sentimentos que vieram após o fim do casamento e nem sempre consegui perceber as novas oportunidades que a vida estava me dando, após viver um romance de cinema.
Aqui estou eu e hoje - fiel ao exercício ao qual me propus - agradeço por todas as experiências que vivi e principalmente por essas filhas maravilhosas que a vida me deu. 
Hoje, estou fisicamente distante de você, Diana, mas é como se estivéssemos bem próximas.  Feliz aniversário, meu amor! 
Não gosto muito de música sertaneja, mas ofereço a você uma música que me veio à memória enquanto escrevia este post:

Há uma nuvem de lágrimas sobre meus olhos
Dizendo para mim que você foi embora
E que não demora o meu pranto a rolar ...
(...)
Ah, jeito triste de ter você
Longe dos olhos e perto do coração ... 

PS. Relendo o texto, vi que a conclusão passa uma ideia triste. Não é esse o meu sentimento, garanto! 


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