sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Paulo Monarco - Inteiro



Em meio a tantas notícias ruins, encontrei meu oásis desta semana no show do compositor Paulo Monarco, no Teatro do Sesc Arsenal, na última terça-feira.
Há muitos artistas sensacionais em Mato Grosso, mas tenho um carinho especial por dois jovens talentos: Estela Ceregatti e Paulo Monarco, que já foram personagens de alguns posts neste espaço.
Estela ainda mora em Cuiabá, embora viaje cada vez mais para fazer shows fora de Mato Grosso com seu grupo Monofoliar.
Já Paulo bateu asas há uns dois anos e hoje mora no Estado de São Paulo. Continua viajando muito, encontrando novos parceiros, levando sua arte a outros rincões.
Quando ele volta aqui sempre procuro assistir à apresentação para conferir como está evoluindo seu trabalho e se continua o Paulo de sempre. Confesso que não fiquei tão entusiasmada nas duas últimas apresentações às quais assisti, mas na semana passada a chuva que caiu em Cuiabá acabou "atrapalhando" o show marcado para sábado no Jardim do Sesc Arsenal, mas, por outro lado, acabou nos brindando com uma apresentação bem intimista, que aconteceu na terça, no teatro, só para "iniciados".
A plateia era praticamente formada por velhos fãs de Paulo - gente como eu que vai atrás dele faça chuva ou faça sol. Não sei o quanto o show foi diferente da apresentação que aconteceria no jardim (não tive tempo de perguntar), mas durante quase duas horas (coisa inédita para os padrões do Sesc Arsenal) assistimos a um "pocket show", em que Monarco conversou muito com a plateia, embora sempre repetisse o bordão "Chega de conversa".
Apresentou suas composições, cada parceiro, contou histórias de bastidores, falou sobre seu processo de compor, interpretou antigos sucessos (cujas letras a maioria do público sabia de cor), apresentou novas canções, negociou os pedidos de bis e se mostrou um artista inteiro e de grande personalidade.
Conheci Monarco em 2008 (há seis anos!) quando ele ainda se apresentava no bar Choros & Serestas (Chorinho) ou no Clube da Esquina interpretando composições de Chico Buarque e outros bambas, enquanto ia introduzindo algumas composições suas. 
Aos poucos, foi abandonando o lado "cantor de bar" para se dedicar integralmente ao trabalho autoral. Já tinha cativado seu público ... Pena que esse público tenha permanecido mais ou menos o mesmo já que suas vindas a Cuiabá vão se tornando mais raras.
Por outro lado, acredito que esteja ganhando novos fãs em outros estados. 
Como ainda é muito jovem (27 anos), deve ir longe e espero poder continuar acompanhando sua evolução.    
Quem ler este post até o final e tiver curiosidade de conhecer mais Paulo Monarco, procure no Youtube.  Tem bastante coisa dele. No momento, (re) descobri a canção "Lata de tinta". É muito boa!
A propósito, se eu tivesse que definir o estilo de Monarco, não saberia o que dizer: samba, rock, pop? Só sei que suas melodias têm estilo, são surpreendentes e se casam muito bem com as letras escritas por seus parceiros, verdadeiras "teses", segundo o próprio Monarco.

PS: Não encontrei um vídeo de "Lata de tinta" na voz de Monarco, mas encontrei outros vídeos bem legais, que compartilho aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=nS-mpKxX_zc
https://www.youtube.com/watch?v=ZVDhTIhgYBQ 
https://www.youtube.com/watch?v=utafOZOZUXo


 

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