segunda-feira, 10 de junho de 2013

No escurinho do cinema

Fabrício Boliveira e Iris Valverde
Nos últimos dois finais de semana, em meio à elaboração de matérias para a revista Corpo e Arte, eu me permiti ir ao cinema.
No domingo, dia 2, assisti a "Faroeste caboclo", o filme nacional baseado na canção homônima de Renato Russo, o líder da banda Legião Urbana.
Ontem, mais ou menos no mesmo horário (depois do almoço), assisti a "O grande Gatsby".
Dois filmes completamente diferentes, mas intensos. Gostei dos dois porque cumpriram exatamente o papel que espero dos bons filmes: me manter totalmente absorvida enquanto durou a sessão mantendo os olhos grudados na tela e o coração apertado.
Por algum tempo, eu me esqueci de violência daqui de fora, da pressão do trabalho, da tensão do trânsito e da angústia de pensar que estou falhando na minha pretensão infantil de contribuir para um mundo melhor.  
Com o perdão da palavra, "Faroeste caboclo" é uma porrada. O filme tem um quê de tragédia. Você sabe que o final será trágico e se angustia com a evolução dos acontecimentos. Mas há uma beleza imensa na morte dos protagonistas, no minuto final em que João de Santo Cristo (Fabrício Boliveira ) compreende que Maria Lúcia (Iris Valverde) nunca deixou de amá-lo. Tive muita vontade de chorar, mas, sozinha no cinema, segurei as lágrimas e continuei grudada na poltrona ouvindo a bela canção "Faroeste caboclo".
Li em algum lugar que os fãs da música ficaram um pouco frustrados com a versão do diretor Renê Sampaio de uma canção que já nasceu com pinta de roteiro. Como não me considero uma fã incondicional de "Faroeste caboclo" e nunca parei para ouvir a letra em toda sua extensão e dramaticidade, vi o filme sem grande expectativa e gostei muito.
Em relação a essa nova versão do romance de Scott Fitzgerald aconteceu algo semelhante. Li vagamente umas críticas desfavoráveis ao filme, mas resolvemos (Diana e eu) apostar nessa opção para a tarde calorenta de domingo. Temi que ela não curtisse o filme, mas ambas ficamos totalmente envolvidas pelos acontecimentos.
Aqui também a certeza de que tudo acabaria em tragédia, mas, a exemplo de "Faroeste caboclo", há também um segundo em que um dos protagonistas vive um instante de felicidade antes de morrer. 
Será que a felicidade do amor só existe por segundos antes da morte?
Seja como for, adorei o visual exagerado do filme, Leonardo DiCaprio está lindíssimo e só quando saía  do cinema descobri que o filme é dirigido pelo mesmo diretor de "Moulin Rouge", o australiano Baz Luhrmann. O curioso é que me lembrei de "Moulin Rouge" nas cenas das festas loucas da mansão de Gatsby.
Ir ao cinema é muito bom - mil vezes melhor do que assistir a um filme no DVD. Não tem ninguém ligando,  interferência externas ... Ainda bem que agora temos a opção de cinema no Goiabeiras Shopping. Pode não ser o ideal (é bem melhor ir ao cinema fora de um shopping center), mas ainda é muito melhor do que ter que pegar o carro e ir ao Pantanal Shopping, que fica bem mais longe de minha casa. 

Leonardo DiCaptrio e Carrey Mulligan
 

Nenhum comentário: