quinta-feira, 14 de março de 2013

Pra não dizer que não falei de poesia ...

Cada vez mais me convenço de que os verdadeiros amigos são como as ondas do mar: vão e voltam. Às vezes, demoram um pouco para dar as caras novamente, mas acabam voltando.
Com o tempo aprendi a valorizar os amigos e cobrar menos sua presença, por isso sempre os recebo de braços abertos, sem cobranças. É difícil manter o ritmo da amizade quando não se tem atividades em comum.
Desde que me mudei para Cuiabá - já faz 10 anos - já tive fases em que me achei uma pessoa popular, querida e cercada de amigos e também já tive fases em que me senti a pessoa mais sozinha do mundo, e até me questionei qual era o meu problema. Será que não sou acessível? Sou antipática? Séria demais? Superficial demais? Profunda demais?
É claro que não cheguei a uma resposta conclusiva, e acredito que sou um pouco de tudo misturado.
Já houve fases na minha vida (no Rio de Janeiro, Cáceres, Cuiabá) em que funcionei como aquela pessoa que puxa as coisas, propõe os programas, o elemento agregador do grupo, Mas, não ando assim ultimamente. Não sei se é a idade, mas ando cada vez mais com preguiça de mobilizar as pessoas, convidar, chamar. Se eu puder fazer as coisas sozinha, tudo bem; se não puder, não faço.
Adoro a paz da piscina quando nado na academia, adoro o "quase" silêncio das aulas de yoga ...
Gosto do Chorinho (o bar Choros&Serestas) porque é um lugar onde você vai sem combinar horário com ninguém, chega lá e é sempre bem recebida, pelos garçons, pela maioria dos músicos e pelos clientes habitués como eu ... Na hora que dá vontade, eu pago minha conta e vou me embora para casa.
Temos um novo papa e uma série de coisas graves acontecendo no mundo, como sempre, e eu aqui olhando para dentro de mim no meu horário de almoço, ouvindo Paulinho da Viola. A propósito, olha só o que ele acabou de cantar para mim:

"Eu sou assim
Quem gostar de mim
Eu sou assim"
Meu mundo é hoje - Paulinho da Viola

Esse é meu recado hoje.

"Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar
Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer
Quero viver...
Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar
Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Depois que me encontrar...

Preciso me encontrar - Cartola

E viva a poesia de poetas como Cartola e Paulinho da Viola no Dia Nacional da Poesia!

2 comentários:

Fuzuê das Artes disse...

Faz um tempão que não te vejo Martha, acho que vou te ir no Chorinho pra te encontrar, hehehehe grande abraço
Rosylene Pinto

Martha disse...

É verdade, Rosylene ... Apareça lá qualquer hora dessas! Bjs