domingo, 25 de maio de 2014

O Diário de Anne Frank




Acabo de reler o livro "O Diário de Anne Frank". A releitura de um clássico lido na minha adolescência (há mais de 40 anos!) se deu por conta da recente visita feita ao museu instalado na casa onde Anne se escondeu durante a Segunda Guerra Mundial, em Amsterdam.
Adorei o livro e super recomendo sua leitura a pessoas de qualquer idade. É claro que tem uns trechos mais monótonos, considerando que a história se passa o tempo todo numa ambiente só, mas a obra é de uma beleza ímpar.
Anne é uma adolescente muito especial, com um talento enorme e que viveu uma experiência excepcional, ao se abrigar durante pouco mais de dois anos no Anexo Secreto durante a perseguição aos judeus pelos nazistas.
Além de descrever os perrengues vividos no Anexo (em que compartilhou o espaço com outros três membros de sua família, três integrantes de outra família e outro homem), ela fala sobre as expectativas em relação ao desenrolar da guerra e, principalmente, sobre seus sentimentos, angústias e esperanças.
Sim, Anne é uma pessoa extremamente otimista! Ela sonha voltar à escola, namorar, fazer coisas como outras meninas de sua idade e ser jornalista e uma escritora de sucesso. Pobre Anne, mal sabia que se tornaria uma escritora de sucesso, porém autora de uma obra só.
É muito triste saber que aquela menina tão cheia de vida e talento não sobreviveu aos horrores da guerra, assim como a maioria de seus companheiros de Anexo (só seu pai Otto Frank sobreviveu e é o grande responsável pela obra da filha vir a público e pela transformação do anexo em museu).
A história de Anne é naturalmente um alerta contra os absurdos de uma guerra e da perseguição aos judeus. Infelizmente, parece que seu alerta não tem sido de grande valia num mundo onde o preconceito e a guerra continuam sendo a tônica.
Por incrível que pareça eu me identifiquei com Anne em muitos momentos e seu exemplo me serviu de referência para não me queixar de pequenos dissabores da minha vida. 
Ao contrário de Anne, tenho liberdade, conforto, comida à vontade... E o máximo que posso fazer agora - em retribuição à sua dedicação ao diário que motivou esse post - é contribuir para sua divulgação. 
Na minha adolescência "O Diário de Anne Frank" era leitura obrigatória. Não sei se continua assim, mas deveria continuar sendo. Mesmo que não evite guerras (como a que está acontecendo agora na Ucrânia) sua obra nos faz pensar sobre o que realmente é essencial na vida e nos mostra como o ser humano pode ser tão belo mesmo em condições tão adversas.
 

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