sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Até que a morte nos separe




Já mencionei várias vezes a yoga neste blog, mas nunca dediquei - que me lembre - um post inteiro ao assunto.
Acredito sinceramente que o mundo poderia ser bem melhor se todos praticassem yoga - essa prática milenar.
Não é minha intenção aqui contar sobre a origem da yoga, etc. Para conhecer mais, basta pesquisar na internet. Quero falar sobre minha experiência pessoal.
Conheci a yoga quando tinha 16/17 anos e nem sei o que me levou às aulas no clube Fluminense, no bairro carioca de Laranjeiras. Eu me lembro bem da professora, embora tenha esquecido seu nome.
Não fiquei muito tempo lá e logo estava praticando na academia do De Rose, então uma sala relativamente pequena num shopping comercial de Copacabana. Como era gostoso! Além de ter um clima mais intimista e indiano (incenso, músicas. etc), a academia tinha frequentadores mais alternativos, como um namoradinho (Johnny) que conheci na época. Eu me lembro da sensação boa de sair da aula, comprar um pão macrobiótico no prédio e ir comendo no ônibus até chegar em casa.
O ano seguinte foi o do vestibular e acabei tolamente me afastando da yoga. Passei anos afastada da prática até que em 2008 descobri uma professora de yoga, Moara, em Cuiabá. Pratiquei praticamente um ano com ela e redescobri o prazer das posturas e dos exercícios respiratórios. Parei novamente por motivos que não vem ao caso e, por incrivel que pareça, senti falta da prática, que retomei em outro espaço, com os professores Viviane e Juliano, que hoje mantém uma academia em Campo Grande (MS).
Como eram especialmente prazerosas essas aulas! Houve dias em que eu chorava sem parar durante a prática, externando as emoções que inundavam meu interior. Foi muito bom esse período até que mudanças de trabalho e o trânsito cada vez pior de Cuiabá me obrigaram a mais uma mudança.
Hoje frequento a academia Golfinho Azul, onde nado, faço esteira, aulas de hidrobike eventualmente e aprendi a praticar yoga com a professora Natália. No início, estranhei um pouco o ambiente, bem menos acolhedor do que o da academia de Viviane e Juliano. Mas, aos poucos, fui me habituando ao jeito de Natália e aos ruídos exteriores, que no final já me incomodam tanto.
Procuro praticar duas vezes por semana e confesso que estou meio viciada. É bom demais! Ainda sinto falta de uma ênfase maior nas respirações (os famoso pranayanas), mas, em compensação, temos sempre a oportunidade para praticar as posturas (ásanas) invertidas sobre a cabeça.
É aí que quero chegar: sempre tive o sonho de conseguir fazer a invertida (sirshasana). Morro de modo de cair, quebrar o pescoço e morrer.  Acho que quando eu era pequena alguém não me deixava dar cambalhotas e fiquei com essa paranoia de que meu pescoço pode se quebrar como o de um passarinho ou de uma galinha. Com seu jeitinho prático, Natália foi me convencendo que esse risco não existe. A gente pode cair sem se machucar.
Estou quase chegando lá. É bem verdade que ainda não consigo fazer a postura clássica com os dois braços no chão. Prefiro a alternativa da postura do elefantinho (foto acima). Na semana passada, percebi que já conseguia manter os joelhos levantados sem apoiá-los nos braços e na aula de ontem ousei levantar as duas pernas de uma vez. É claro que não fiquei muito tempo na postura: apenas alguns segundos que me pareceram uma eternidade, mas não cai para frente. Depois tentei de novo e caí para a frente, sem problema algum.
Coincidência ou não, ontem tive um dia bem interessante, que começou com a aula de yoga às 7h e terminou por volta de 3 h da madrugada. Trabalhei, fui a uma consulta médica e depois fui ao encontro de um grupo que se reúne às quintas-feiras para cantar. Foi muito bom! Cantei até.  Ainda cheguei em casa e tive energia para terminar um livro. Aliás, qualquer hora vou falar mais sobre esse, ou melhor, esses livros.
Enfim, a yoga é maravilhosa: ajuda na postura, a controlar a ansiedade, a manter o foco. Acredito que ela me ajuda bastante a tocar a vida com uma certa serenidade e saúde. Nessa altura do campeonato, não pretendo abandoná-la por nada nesse mundo.


Ainda chego lá ... Será???
 
 

2 comentários:

TAL disse...

oi martha,

moro em cuiaba e faz tempo que procuro o contato dessa professora moara, voce saberia me informar onde consigo encontra-la?

onde voce praticava com ela? na casa dela proximo ao goiabeiras? pois ela mudou de lá

TAL disse...

d