quarta-feira, 16 de março de 2011

Um voo muito legal

Hoje o dia foi cheio de altos e baixos. Começou às 3h30m da madrugada quando acordei na expectativa de ser apanhada pela equipe da produtora entre 4h e 4h30m. Na minha lerdice matinal, ainda não tinha tomado banho quando o interfone tocou. Faltavam 15 minutos para 4h. Por que é sempre assim? Quando a gente está adiantada, as outras pessoas se atrasam e vice-versa.
Acabei de me arrumar em menos de 10 minutos e desci antes das 4h. O pessoal me recebeu simpaticamente e seguimos para o aeroporto. O embarque aconteceu por volta de 5h45m e, apesar de meus temores, a viagem - num avião modelo C-208B Grand Caravan, monomotor, com 14 lugares - foi ótima. Chegamos a Aripuanã antes de 9h depois de uma breve parada em Juína, onde desceu uma passageira e entraram duas mulheres e um recém-nascido.
Conheci uma pessoa muito simpática no voo. Uma gaúcha de 65 anos - a única mulher a bordo além de mim no primeiro trecho da viagem - que mora perto de Florianópolis e está indo visitar amigas missionárias em Colniza, que fica além de Aripuanã. Perguntei a ela se tinha noção do que a esperava em cerca de 400 km de estrada de chão em péssimo estado por causa das chuvas. Ela sequer sabia que podia chegar em Aripuanã de avião e teve que descer em Juína porque não tinha lugar para ela no restante do voo. Mas a funcionária da Asta (a companhia aérea) ou do aeroporto de Juína que nos recepcionou ficou de ajudá-la a encontrar vaga num voo fretado para Colniza, comum nesta época do ano. Tomara que tenha conseguido.
Heloísa, minha companheira de voo, me contou muitas histórias que naturalmente não poderia contar aqui, mas o que mais me impressionou foi sua vivacidade, otimismo e fé. Ela é adepta da aplicação de heiki, uma técnica de cura por meio da energia das mãos. Contei-lhe que sou iniciada no heiki (ela já tem o terceiro nível) e que alterno fases de muito entusiasmo com outras de esquecimento total. Nosso encontro de alguma forma reacendeu minhas expectativas em relação ao heiki e lhe prometi que voltarei a aplicar.
Heloísa era tão simpática e generosa que fez questão de me presentear como uma das toalhinhas que trouxe de Santa Catarina para dar às suas amigas de Colniza.
De Aripuanã, não tenho muito a contar por enquanto. Conheci mais detalhes sobre o trabalho que vou fazer (textos para uma revista sobre a Usina de Dardanelos), meus companheiros de jornada (a equipe que vai fazer o vídeo) e visitamos a usina. Bacana, muito bacana!
Daqui a pouco vai rolar um churrasco na chácara do dono do hotel onde estamos hospedados que é também nosso motorista na cidade e um cara muito divertido. O pessoal é alegre e ri bastante. Como sou nova no grupo, às vezes fico meio tímida e me sinto meio peixe fora d`água, mas tenho fé que terei dias interessantes pela frente.
Eu sabia que esse trabalho seria uma experiência nova. É claro que preferia poder dormir esta noite na minha caminha, mas já que estamos na chuva (literalmente) é pra se molhar. A paisagem é quase sempre linda e as pessoas que tenho encontrado pelo caminho muito simpáticas.

Um comentário:

Creuza Medeiros disse...

Adoro sua histórias. Bom trabalho.