Tive um fim de semana bem diferente do convencional como vocês podem ver por essa imagem.
Saí de Aripuanã às 5h da madrugada de sábado e só à cidade depois de meia noite de domingo.
Nosso destino foi a Comunidade São Lourenço, numa reserva extrativista à margem do rio Guariba. A distância em quilômetros não foi tão grande, mas a viagem de ida nos custou cerca de 12 horas, das quais as duas últimas foram feitas num barco com motor de rabeta.
Ainda estou em Aripuanã (voltarei para Cuiabá amanhã) e estou fisica e mentalmente exausta depois de um longo dia de trabalho, colhendo depoimentos para a revista da Energética Águas da Pedra, empresa constituída para gerir a construção da Usina de Dardanelos.
O que posso dizer da minha estadia na comunidade São Lourenço (uma noite e parte da manhã seguinte)? Foi assustadora e, ao mesmo tempo, linda. Conheci pessoas fantásticas - adultos e crianças - que vivem em condições em que a maioria de nós não suportaria. Imaginem um lugar com muito mosquito, pois lá tem mais mosquito do que vocês podem imaginar.
A estadia só foi um terror porque os mosquitos de lá (uma espécie de borrachudo, conhecida como pium, que não está nem aí para os repelentes) surpreendentemente nos deram trégua enquanto o barco estava em movimento e durante a noite. Jantamos, cantamos e nos confraternizamos com a maior tranquilidade. Dormi na rede numa casa que abriga a escola e onde é celebrada a missa, com os demais companheiros de viagem. Até que dormi muito bem, apesar dos roncos e do barulho da turma que acordou bem mais cedo.
A estadia só foi um terror porque os mosquitos de lá (uma espécie de borrachudo, conhecida como pium, que não está nem aí para os repelentes) surpreendentemente nos deram trégua enquanto o barco estava em movimento e durante a noite. Jantamos, cantamos e nos confraternizamos com a maior tranquilidade. Dormi na rede numa casa que abriga a escola e onde é celebrada a missa, com os demais companheiros de viagem. Até que dormi muito bem, apesar dos roncos e do barulho da turma que acordou bem mais cedo.
O mais complicado para mim foi lidar com a falta de luz (ainda bem que não choveu à noite e tinha lua cheia) e banheiro (na verdade, tem uma casinha lá, mas minhas cicerones iniciais, três meninas extremamente gentis, meio que me desestimularam a usá-lo). Como fiquei poucas horas lá, consegui evitar uma visita à casinha, por motivos óbvios. Escovar os dentes à beira do rio Guariba pela manhã foi uma experiência inesquecível: os borrachudos voltaram ao ataque com força total.
Três das minhas amigas da Comunidade São Lourenço |
Conheci muita gente legal, que certamente não vou esquecer jamais. Gente, como o Canoeiro, que me emprestou uma camisa de algodão branca e de mangas compridas, bem apropriada para o ambiente. Fiquei com ela até o último minuto e a devolvi antes de pegarmos as caminhonetes para retornar a Aripuanã, com uma parada no distrito de Conselvan, onde jantamos no sítio do seu Romeu. Mas isso já é uma outra história.
3 comentários:
dá-lhe bandeirante!
Voce deveria continuar assim, viajando e contando pra gente, assim a gente conhece o Brasil pelos seus olhos e tbem sente que est'a viajando junto....
Seria fantástico ... Está difícil achar quem banque esse tipo de viagem.
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