Sou um poço de contradições. Mas quem não é?
Nem preciso dizer que comecei a semana novamente em crise, porém (lá vem a Pollyana de novo) toda crise tem aspectos positivos, certo?
Tem tanta coisa na minha cabeça hoje que está difícil focar, mas vou começar com o registro (tardio) da morte do escritor gaúcho Moacyr Scliar.
Eu me sinto meio "íntima" dele por dois motivos: o primeiro é que li muitas obras dele (inclusive, dois de seus últimos romances: "A mulher que escreveu a Bíblia" e "Manual da paixão solitária") e o segundo é que já falei com ele. Duas vezes.
A primeira foi na época em que trabalhava na sucursal da revista Veja no Rio, nos anos 80. O trabalho na revista era pesado, mas tinha um lado muito bom. Você tinha todas as condições para fazer um bom trabalho. Eu escrevia sobre tudo na época e não sei por que me pediram uma matéria sobre o Scliar. Pude comprar e ler vários livros de contos dele para me embasar melhor de modo a fazer a entrevista (por telefone).
A segunda foi por ocasião de uma palestra dele no Sesc Arsenal em Cuiabá.
Gosto muito do seu estilo (erudito, porém de simples compreensão; irônico) e lamento que ele tenha partido. Pretendo (re) ler algumas de suas obras. Achei chatinha a matéria que o Fantástico fez sobre o Scliar: protocolar, oficiosa. Nada acrescentou sobre o autor.
Hoje recebo um email de um amigo jornalista do Rio sobre a morte de um personagem folclórico de Santa Tereza, o mineiro Messias dos Santos, conhecido como Mestre Messias, compositor, pintor, que provavelmente não vai ganhar matéria na Rede Globo.
O que quero dizer com isso? Nem eu sei. Apenas quis registrar a passagem de dois artistas. Mais famoso ou menos famoso, os dois se foram e agora ficam suas obras.
Neste fim de semana terminei a leitura de "Um homem mau", livro de Wilson Britto que já comentei neste espaço.Talvez retorne a ele em outro momento, mas quero só registrar agora a principal mensagem da obra: a importância de viver no "aqui e agora" como chave para obter tudo que é importante (liberdade, paz, felicidade).
Como é difícil!
PS. Decidi mudar o visual do blog. Não sei se acertei. Estava achando-o meio caidinho, desbotado diante do colorido da maioria dos blogs e sites. Se alguém quiser dar sua opinião, sinta-se em casa ...
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