Nos últimos dias várias pessoas ligadas às minhas filhas foram aprovadas (ou não) em concursos vestibulares pelo país. Muitos desses jovens buscam cursos de Arquitetura, Medicina, Engenharia, Direito, Odontologia, Psicologia, Veterinária, Computação, etc.
Não soube de ninguém que tenha buscado um curso de licenciatura. ou seja, não conheço jovens que estejam de olho no ensino de línguas (português ou estrangeiras), de matemática, ciências, história, etc.
Acabo de me lembrar de uma exceção: tenho um sobrinho que se formou em História no ano passado, foi aprovado num concurso para professores no Paraná (onde está morando) e, mais recentemente, para o mestrado.
Volta e meia, a gente lê reportagens e artigos falando sobre a importância da educação e necessidade de maior valorização do profissional do ensino, mas infelizmente esse papo é quase como aquela conversa sobre a situação nos presídios e delegacias. De vez em quando, alguém faz uma denúncia, a mídia faz uma reportagem contundente, muita gente lamenta, comenta, porém pouca coisa (ou nada) muda.
Ensinar é uma arte e exige muito esforço, dedicação, autocontrole, generosidade e disciplina. Professores deveriam ser tão bem remunerados quanto juízes, parlamentares (muitos dos quais sequer deviam ser pagos pelo nada que fazem), mas, por alguma razão que me foge à compreensão, o mesmo Estado e a mesma sociedade que pagam juízes, desembargadores, parlamentares (até dão pensões vitalícias para viúvas desses parlamentares) não acham que professores mereçam ganhar bem.
No ensino particular (com exceções, é claro) a situação ainda é pior. Há algumas semanas uma amiga me convidou para dar aulas de literatura num colégio particular de Cuiabá por R$ 9 a hora/aula!
Percebi que ela estava constrangida de mencionar a remuneração. Como a escola é longe da minha casa, eu praticamente iria pagar para trabalhar. É claro que recusei delicadamente.
Tenho muita vontade dar aulas como voluntária, mas isso é outra coisa e nesse caso eu não ensinaria num estabelecimento que cobra mensalidade dos alunos.
Enfim, longe de mim tentar dar solução para isso, apenas queria chamar atenção para o problema.
Hoje tem um monte de gente estudando para ser delegado, tem até gente querendo muito ser do Bope; gente se matando de estudar para conseguir um emprego público; gente demais querendo ganhar dinheiro fácil por meio de participação em programas do tipo BBB, mas não ouço ninguém dizer: quero ser professor!
Não soube de ninguém que tenha buscado um curso de licenciatura. ou seja, não conheço jovens que estejam de olho no ensino de línguas (português ou estrangeiras), de matemática, ciências, história, etc.
Acabo de me lembrar de uma exceção: tenho um sobrinho que se formou em História no ano passado, foi aprovado num concurso para professores no Paraná (onde está morando) e, mais recentemente, para o mestrado.
Volta e meia, a gente lê reportagens e artigos falando sobre a importância da educação e necessidade de maior valorização do profissional do ensino, mas infelizmente esse papo é quase como aquela conversa sobre a situação nos presídios e delegacias. De vez em quando, alguém faz uma denúncia, a mídia faz uma reportagem contundente, muita gente lamenta, comenta, porém pouca coisa (ou nada) muda.
Ensinar é uma arte e exige muito esforço, dedicação, autocontrole, generosidade e disciplina. Professores deveriam ser tão bem remunerados quanto juízes, parlamentares (muitos dos quais sequer deviam ser pagos pelo nada que fazem), mas, por alguma razão que me foge à compreensão, o mesmo Estado e a mesma sociedade que pagam juízes, desembargadores, parlamentares (até dão pensões vitalícias para viúvas desses parlamentares) não acham que professores mereçam ganhar bem.
No ensino particular (com exceções, é claro) a situação ainda é pior. Há algumas semanas uma amiga me convidou para dar aulas de literatura num colégio particular de Cuiabá por R$ 9 a hora/aula!
Percebi que ela estava constrangida de mencionar a remuneração. Como a escola é longe da minha casa, eu praticamente iria pagar para trabalhar. É claro que recusei delicadamente.
Tenho muita vontade dar aulas como voluntária, mas isso é outra coisa e nesse caso eu não ensinaria num estabelecimento que cobra mensalidade dos alunos.
Enfim, longe de mim tentar dar solução para isso, apenas queria chamar atenção para o problema.
Hoje tem um monte de gente estudando para ser delegado, tem até gente querendo muito ser do Bope; gente se matando de estudar para conseguir um emprego público; gente demais querendo ganhar dinheiro fácil por meio de participação em programas do tipo BBB, mas não ouço ninguém dizer: quero ser professor!
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