Ainda não aterrissei totalmente em Cuiabá depois de minha rápida ida ao Rio. Já estou em plena atividade, trabalhando bastante e com pouco tempo disponível, mas mesmo assim estou com uma sensação estranha, como se tivesse vivido um sonho por alguns dias: o de viver numa cidade que me encanta apesar dos pesares.
Tenho que tomar um certo cuidado com as palavras já que moro em Cuiabá e não quero ferir suscetibilidade, mas confesso que ando me sentindo meio sem chão e sem tesão de correr atrás das coisas.
Estou com preguiça de falar, de escrever, de me expressar ... Até de cantar.
O que mais me encanta no Rio? O clima, a brisa, a descontração e a diversidade das pessoas, as árvores das ruas e avenidas - e suas sombras, os prédios antigos, os monumentos que evocam tantas lembranças em mim, meus sonhos, meus ideais que foram sendo perdidos pelo caminho.
Vir para Mato Grosso me possibilitou o encontro de um grande amor - já perdido pelo caminho - e o nascimento de dois grandes amores, que ainda estão comigo (minhas filhas).
Uma ladeira ligando a Lapa à Santa Teresa, decorada com azulejos do artista Selarón: uma descoberta e tanto numa tarde de carnaval no Rio |
Amadureci, endureci.
Como manter a chama acesa dentro de mim?
Como reabrir meu coração para o amor?
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