sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Experiências de vida

Hoje, num intervalo da Bienal dos Negócios da Agricultura, encontrei com uma ex-aluna do curso de jornalismo da UFMT que trabalhou oito meses como professora voluntária em Angola. Queria saber mais sobre sua experiência e sugeri a ela que escrevesse um livro relatando-a, a exemplo de um que li há alguns anos e cujo nome não me recordo (foi um presente de Dete, minha sobrinha dos EUA, e emprestei para uma amiga que mora no Rio). Nesse livro, a narradora, uma canadense vive uma situação parecida em Mianmar, antiga Birmânia, um pequeno país localizado no Sul da Ásia, controlado pelas forças armadas. É muito interessante acompanhar os contrastes culturais enfrentados pela protagonista e sua dificuldade inicial para entender e aceitar o jeito de ver a vida dos habitantes locais.
Minha aluna diz ter vivido situação semelhante em Angola no que diz respeito à relação das pessoas com o tempo - bem menos ansiosa do que a sua.
Penso em quanta coisa incrível esse vasto mundo nos oferece. Hoje, durante o almoço com alguns produtores rurais, falávamos sobre felicidade e tempo de vida. Uma produtora disse: "A gente sempre diz: 'vou ser feliz quando ...', supondo que a nossa vida é infinita". Não é. Ou é?
Por enquanto, sei que é infinita enquanto dura, parafraseando o verso famoso de Vinícius de Morais em seu "Soneto de Infidelidade". Como não sei como terminar este post meio viajado, recorro a outro poeta, Fernando Pessoa, citado por uma amiga quando decidi trocar o Rio de Janeiro por Mato Grosso. "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena". É verdade.

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